Aí vem 2012. Estamos a umas escassas horas.
Precisamos, pois, fazer o balanço do que foi 2011, do que ganhámos, do que perdemos...
E o que perdemos foi muito.... foi imenso.
Nunca os portugueses tinham perdido tanta da sua soberania, como com a entrada em vigor das "regras" do FMI. Comparável, só a perda de soberania para os espanhóis, os Filipes, em longínquos séculos que já lá vão... Mesmo aí, não sei... Ainda comíamos as alfaces que plantávamos, e agora...
Mas se o que perdemos foi muito... é assustador pensar no que perderemos em 2012.
Vamos pagar tudo mais caro. E quando se diz "tudo" é mesmo "tudo": saúde, educação, transportes, energia, água, deslocações, impostos... A lista, geral ou detalhada, é imensa. Não pára de crescer. Como o desemprego.
Porém 2012 também pode ser um ano de esperança. Se conseguirmos levar para a frente a luta necessária. Juntos, como tem de ser, senão não há forças para um desafio tão grande. Colectivamente desenvolveremos a maior luta de sempre.
2012 aí está: venha ele, repleto de esperança e força.
Vamos à LUTA.
“Quando descobrimos aquilo de que somos feitos e a maneira como somos construídos, descobrimos um processo incessante de construção e destruição e apercebemo-nos de que a vida está à mercê desse processo interminável. Tal como os castelos de areia das praias da nossa infância, a vida pode ser levada pela maré.” António Damásio, O Sentimento de Si (1999)
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Do vazio e outros pesadelos
De nada me servem as aves que voam
Não voam por mim,
não me levam consigo.
De nada me servem as mãos que abro
os braços que estendo
as pontes que atravesso
contigo.
De nada, de absolutamente nada
me servem os olhos,
a voz.
Não são nada.
De nada me servem os dias e as noites
que me arrastam pela vivência insípida das acções,
dos objectos, dos compromissos,
das responsabilidades,
das coisas todas.
De nada me servem já,
se sou apenas uma pedra deixada
abandonada
neste caos.
Não voam por mim,
não me levam consigo.
De nada me servem as mãos que abro
os braços que estendo
as pontes que atravesso
contigo.
De nada, de absolutamente nada
me servem os olhos,
a voz.
Não são nada.
De nada me servem os dias e as noites
que me arrastam pela vivência insípida das acções,
dos objectos, dos compromissos,
das responsabilidades,
das coisas todas.
De nada me servem já,
se sou apenas uma pedra deixada
abandonada
neste caos.
domingo, 11 de dezembro de 2011
a fragilidade
o domingo não foi feito
para ser claro
nem distante
é um dia cinzento
de fragilidade
fragil
idade
que comprime nas veias
(nas minhas?)
o seu efémero pulsar.
o domingo não foi feito
para ser esquecido,
então porque teimo?
porque olho estas árvores
imensas
e longínquas?
para ser claro
nem distante
é um dia cinzento
de fragilidade
fragil
idade
que comprime nas veias
(nas minhas?)
o seu efémero pulsar.
o domingo não foi feito
para ser esquecido,
então porque teimo?
porque olho estas árvores
imensas
e longínquas?
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