Ando, mais uma vez, sem tempo para nada.
Qualquer dia ainda arranjo uma doença daquelas da moda, o stress...
Para contornar o tal stress, sensibilizada com o caso Freeport, assim como com a esperança que Sócrates sente de não ser (mais) envolvido no caso, resolvi deixar-vos uma prendinha.
É que... "Verde", é a cor da esperança, e cantada por Natália Andrade, fica-se logo com esperança que ela acabe de cantar rapidamente, tal é o receio de sufocar a rir!
Então, cá vai (é melhor sentarem-se)...
Ah. Já agora, chamo a vossa atenção para a última frase deste belo poema, que foi inspirada numa conversa telefónica entre Sócrates e o seu estimado tio.
“Quando descobrimos aquilo de que somos feitos e a maneira como somos construídos, descobrimos um processo incessante de construção e destruição e apercebemo-nos de que a vida está à mercê desse processo interminável. Tal como os castelos de areia das praias da nossa infância, a vida pode ser levada pela maré.” António Damásio, O Sentimento de Si (1999)
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Estou mais velha!
Estou realmente mais velha
a cada minuto que passa,
mas isso não é desgraça
que me faça
entristecer.
Acho-me apenas mais perto
de saber que este deserto
que atravesso nesta vida
está longe de terminar,
e a cada minuto que passa
sinto mais certa a certeza
de que há mais canções para cantar,
mais lutas para travar,
mais amigos a conhecer,
mais, muito mais para aprender.
a cada minuto que passa,
mas isso não é desgraça
que me faça
entristecer.
Acho-me apenas mais perto
de saber que este deserto
que atravesso nesta vida
está longe de terminar,
e a cada minuto que passa
sinto mais certa a certeza
de que há mais canções para cantar,
mais lutas para travar,
mais amigos a conhecer,
mais, muito mais para aprender.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Já repararam naquele selo dourado aqui ao lado, que diz "Blogue de Ouro"? - ou - Pensamentos que me atravessam o espírito
A Maria atribui-me este selo. É giro, não é?
Obrigada Maria (do Cheiro da Ilha).
Segundo me parece este selo só é atribuído a mulheres.
(Deixaste-me num grande sarilho, Maria.)
Eu não consigo nomear seis outras mulheres na blogosfera.
Por isso, acho que vou só agradecer, mesmo, e falar sobre algo que verdadeiramente me está a preocupar, neste momento, como a qualquer português:
Será que a nossa candidatura conjunta com Espanha para organizar o Mundial de 2018 vai ganhar?...(ironia)
O que é que interessa que fechem fábricas que enviam para o desemprego centenas de pessoas, quase todos os dias, em Portugal;
que é que interessa se aquele senhor, um tal de Armando Vara, ou lá como ele se chama, foi promovido pela CGD depois de já ter sido contratado pelo BPP, ou BCP, o que me leva a perguntar "será que percebi bem?" e "alguém me explica esta história?";
o que é que interessa que Portugal seja um dos países da Europa onde há maior índice de analfabetização, quando nos damos ao luxo de fechar escolas, perseguir professores;
e etc,
e etc,
e etc,...
O que interessa é que o Mundial venha para Portugal, e, vá lá, Espanha também, "qu'as espanholas até são giras, e a minha mulher fica em casa com os miúdos enquanto eu vou ali ver os jogos ao café, e beber umas minis c'os meus amigos"...
...
Haja pachorra para ser português!
Obrigada Maria (do Cheiro da Ilha).
Segundo me parece este selo só é atribuído a mulheres.
(Deixaste-me num grande sarilho, Maria.)
Eu não consigo nomear seis outras mulheres na blogosfera.
Por isso, acho que vou só agradecer, mesmo, e falar sobre algo que verdadeiramente me está a preocupar, neste momento, como a qualquer português:
Será que a nossa candidatura conjunta com Espanha para organizar o Mundial de 2018 vai ganhar?...(ironia)
O que é que interessa que fechem fábricas que enviam para o desemprego centenas de pessoas, quase todos os dias, em Portugal;
que é que interessa se aquele senhor, um tal de Armando Vara, ou lá como ele se chama, foi promovido pela CGD depois de já ter sido contratado pelo BPP, ou BCP, o que me leva a perguntar "será que percebi bem?" e "alguém me explica esta história?";
o que é que interessa que Portugal seja um dos países da Europa onde há maior índice de analfabetização, quando nos damos ao luxo de fechar escolas, perseguir professores;
e etc,
e etc,
e etc,...
O que interessa é que o Mundial venha para Portugal, e, vá lá, Espanha também, "qu'as espanholas até são giras, e a minha mulher fica em casa com os miúdos enquanto eu vou ali ver os jogos ao café, e beber umas minis c'os meus amigos"...
...
Haja pachorra para ser português!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Só uma pergunta... para apreciadores de fotografia
"É em situações extremas que conhecemos as nossas próprias fraquezas.
Apenas uma pergunta em que te é pedido que respondas com sinceridade, para poderes auto-avaliar os teus princípios morais.
Trata-se de uma situação imaginária.
Estás em plena baixa de Lisboa, no meio do caos causado pelas cheias que ocorrem em épocas de chuvas mais intensas. Tens a tua máquina fotográfica, trabalhas para a "Time"e estás a tirar as fotos de maior impacto.
No meio daquela tragédia, vês José Sócrates num carro, lutando desesperadamente para não ser arrastado pela corrente, entre destroços e lodo...
Sócrates acaba por ser arrastado pela corrente e tens a oportunidade de:
1) salvares a vida ao 1º ministro;
2) de tirares a fotografia que te traria fama e muito dinheiro.
Com base nos teus princípios éticos e morais, responde sinceramente:
Tiravas a foto a cores ou a preto e branco?"
Nota de rodapé: Acabadinha de receber por email, via irmão mais velho. Está muito gira! Olé!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Greve de Professores
91% de Adesão em todo o país!
Palavras para quê?
Enquanto a intransigência, a arrogância e o cinismo que caracterizam este Ministério da Educação se fizerem sentir, voltamos a erguer bem alto a nossa voz, as vezes que forem precisas, para gritar:
"É preciso, é urgente, uma política diferente".
Ver esta sala de aula vazia leva-me a pensar que:
Sem professores não há escola.
Sem escola não há futuro.
Não acham?
domingo, 18 de janeiro de 2009
1º ANIVERSÁRIO
Hoje o Mar sem Sal faz um ano de vida!
Neste período de tempo assisti a diversas modificações no mundo e nas pessoas à minha volta. Também o meu blogue foi mudando um pouco, ao longo dos meses. Alguns acontecimentos foram mais marcantes que outros, é natural. Também por isso determinados acontecimentos foram alvo de destaque, e não outros.
Mas no momento em que faço o balanço deste primeiro ano de existência, não posso deixar de assinalar a forma surpreendente como passei a dispor de um espaço onde coloco as minhas ideias e opiniões de forma livre, e onde outras pessoas livremente comentam o que eu escrevo. Dessa partilha quase diária, creio não mentir se disser que se vão estreitando laços de amizade, daquela mais pura e transparente, porque ambos, blogguer e comentadores, se mostram como são. Isso não deixa de ser algo estranho, se pensarmos que muitos de nós utilizam pseudónimos, ou nick names, melhor dizendo. E é ainda mais estranho se pensarmos que todos nós podemos dar uma informação completamente diferente da nossa realidade (podia dizer que moro em Marrocos, tenho 179 anos, e sou cientista de profissão.)
Mas, no fundo, tudo isso não passa uma capa. Cada um de nós, neste espaço de liberdade que é a internet, pode ter um nome diferente, mas não tem pensamentos diferentes. Até podemos ocultá-los, pelas mais variadas razões, mas não deixamos de os ter, não deixamos de defender esta ou aquela ideia concreta, e isso, essa essência, somos nós. Ainda que com a identidade toda trocada, não deixamos de ser quem somos.
Neste primeiro ano de Mar sem Sal aquilo de que mais gostei foi de ter vindo a ganhar esse espaço de liberdade para poder dizer o que penso, sempre, e de, nesse processo, ter encontrado outras pessoas que pensam de forma parecida, não em tudo, é certo, mas em aspectos essenciais. E dessa partilha resultaram amizades.
Coloquei 258 mensagens neste ano de vida. Tive 22623 visitantes até ao momento em que escrevo este post. O blogue foi lido em vários países, não muitos, apenas Portugal, Espanha, França, Brasil, EUA, Reino Unido e Polónia. (Pergunto-me o que é que leva alguem na Polónia a vir ao meu blogue...). 69,4 % das visitas duram menos de 5 segundos, mas 16% duram mais de uma hora. A etiqueta que mais usei foi "Música" (69 vezes), logo seguida de "luta" (59 vezes). E podia ficar aqui várias horas a falar sobre os dados estatísticos das visitas ao meu blogue, mas termino dizendo apenas: este ano valeu a pena.
Neste período de tempo assisti a diversas modificações no mundo e nas pessoas à minha volta. Também o meu blogue foi mudando um pouco, ao longo dos meses. Alguns acontecimentos foram mais marcantes que outros, é natural. Também por isso determinados acontecimentos foram alvo de destaque, e não outros.
Mas no momento em que faço o balanço deste primeiro ano de existência, não posso deixar de assinalar a forma surpreendente como passei a dispor de um espaço onde coloco as minhas ideias e opiniões de forma livre, e onde outras pessoas livremente comentam o que eu escrevo. Dessa partilha quase diária, creio não mentir se disser que se vão estreitando laços de amizade, daquela mais pura e transparente, porque ambos, blogguer e comentadores, se mostram como são. Isso não deixa de ser algo estranho, se pensarmos que muitos de nós utilizam pseudónimos, ou nick names, melhor dizendo. E é ainda mais estranho se pensarmos que todos nós podemos dar uma informação completamente diferente da nossa realidade (podia dizer que moro em Marrocos, tenho 179 anos, e sou cientista de profissão.)
Mas, no fundo, tudo isso não passa uma capa. Cada um de nós, neste espaço de liberdade que é a internet, pode ter um nome diferente, mas não tem pensamentos diferentes. Até podemos ocultá-los, pelas mais variadas razões, mas não deixamos de os ter, não deixamos de defender esta ou aquela ideia concreta, e isso, essa essência, somos nós. Ainda que com a identidade toda trocada, não deixamos de ser quem somos.
Neste primeiro ano de Mar sem Sal aquilo de que mais gostei foi de ter vindo a ganhar esse espaço de liberdade para poder dizer o que penso, sempre, e de, nesse processo, ter encontrado outras pessoas que pensam de forma parecida, não em tudo, é certo, mas em aspectos essenciais. E dessa partilha resultaram amizades.
Coloquei 258 mensagens neste ano de vida. Tive 22623 visitantes até ao momento em que escrevo este post. O blogue foi lido em vários países, não muitos, apenas Portugal, Espanha, França, Brasil, EUA, Reino Unido e Polónia. (Pergunto-me o que é que leva alguem na Polónia a vir ao meu blogue...). 69,4 % das visitas duram menos de 5 segundos, mas 16% duram mais de uma hora. A etiqueta que mais usei foi "Música" (69 vezes), logo seguida de "luta" (59 vezes). E podia ficar aqui várias horas a falar sobre os dados estatísticos das visitas ao meu blogue, mas termino dizendo apenas: este ano valeu a pena.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Entre um poeta e um escritor...
Ontem fez anos que Ary dos Santos morreu. E que Portugal perdeu um excelente poeta. Perdeu também um lutador, um homem progressista, um ser bonito, que deixou o seu traço na história da poesia portuguesa. Porém... Não me lembro de ter ouvido nenhuma notícia sobre isso. Pode ter sido falha minha. Não vi televisão (como sempre), só ouvi rádio. Mas ainda que esteja enganada, posso dizer que, por contraste, me fartei de ouvir falar de um tal de Cristiano Ronaldo. Afinal, estamos em Portugal, e se a pena é mais forte que a espada, a bola é mais forte que a pena.
Mas nem tudo é mau...
Amanhã, se não houver sobressaltos, conto estar presente numa sessão pública de apresentação da edição especial de Quando os Lobos Uivam, agora que passam 50 anos da sua publicação. Esta edição tem um prefácio escrito pela pena de Álvaro Cunhal, e tem ilustrações de João Abel Manta. Esta notícia certamente não será dada nos noticiários, a não ser que o tal Cristiano Ronaldo resolva vir a Viseu comprar um livro de Aquilino Ribeiro. (Tenho dúvidas que o Cristiano Ronaldo saiba quem foi Aquilino Ribeiro... "Em que equipa é qu'ele joga???")
Para concluir, para quem nunca leu Quando os Lobos Uivam, aqui fica o convite, em forma de excerto retirado do dito...
Mas nem tudo é mau...
Amanhã, se não houver sobressaltos, conto estar presente numa sessão pública de apresentação da edição especial de Quando os Lobos Uivam, agora que passam 50 anos da sua publicação. Esta edição tem um prefácio escrito pela pena de Álvaro Cunhal, e tem ilustrações de João Abel Manta. Esta notícia certamente não será dada nos noticiários, a não ser que o tal Cristiano Ronaldo resolva vir a Viseu comprar um livro de Aquilino Ribeiro. (Tenho dúvidas que o Cristiano Ronaldo saiba quem foi Aquilino Ribeiro... "Em que equipa é qu'ele joga???")
Para concluir, para quem nunca leu Quando os Lobos Uivam, aqui fica o convite, em forma de excerto retirado do dito...
Engenheiro Streit – O problema eu torno a formular: existe neste concelho uma vasta zona, coisa de 10 a 15 mil hectares, meia desértica, meia maninha, parte escalvada pela erosão ou de pedenal improdutivo, parte mato galego, chamada serra dos milhafres. Na periferia estão enquistadas (…) uma dezena de aldeias, que lhe são, por um terço mais ou menos, feudatárias de estrumes, chamiça ou lenha de queimar ou pastagens. O Estado diz a estas aldeias: tomo-lhes conta de uma porção, 50 a 70 por cento, suponhamos. Onde hoje cresce apenas a rabugem vegetal, (…) dentro de 15 anos têm caruma à farta (…) A essa altura os rebanhos podem voltar a pastar pelas chapadas e devesas. Por outro lado, dentro de vinte, trinta anos, a região, que é pobre, com o trabalho de pinhal, derrubadas, serrações, gemagem, transportes e alimpas, terá aqui uma fonte apreciável de receitas e a ocupação certa de muitos braços.
Justo Rodrigues (presidente da Junta) - Já disse, e voltarei a dizê-lo na Câmara segunda-feira: a serra é nossa e muito nossa. Queremo-la assim, estamos no nosso direito. Desta forma é que nos faz arranjo. Os de Lisboa querem-na coberta de pinhal…? Semeiem pinhal nos parques e jardins onde têm empedrado e relva só pra vista.
Nacomba – Vai haver sangue, não haja dúvida – vai, vai! Se o governo teima em meter aqui a pata, temo-la tramada!
(...)
Dr. Rigoberto – A nação é de todos. A nação tem de ser igual para todos. Se não é igual para todos, é que os dirigentes, que se chamam Estado, se tornaram quadrilha. Se não presta ouvido ao que eu penso e não me deixa pensar como quero, se não deixa liberdade aos meus actos, desde que não prejudiquem o vizinho, tornou-se cárcere. Não, os serranos, mil, cinco mil, dez mil, têm tanto direito a ser respeitados como os restantes senhores da comunidade. Se os sacrificam, cometem uma acção bárbara, e eles estão no direito de se levantar por todos os meios contra tal política.
Louvadeus- Quando esta aldeia estiver mais adiantada, civilizada, tenha luz eléctrica, telefone, escolas dignas, hospital, água potável, (então) fale o estado em levar por diante este número do programa. Até lá, com fome, tamancos de amieiro e barbárie em toda a linha, deixem-nos o que temos. Não nos queiram ditar a vossa lei pela bala e a baioneta.
(Interrompe) Olhe que Nós também não vamos a Lisboa cobiçar os relvados, que lá há, para pastagem das nossas vacas (…) pois podia-se-lhe chamar aproveitar a terra!
Compra samarras – Conho (…) A serra foi dos serranos desde que o mundo é mundo, herdada de pais para filhos. Quem vier para no-la tirar, connosco se há-de haver!
Querem mais? Comprem o livro!
Um agradecimento à minha amiga Filomena pela selecção dos excertos.
Nota de Rodapé: Depois do comentário da Maria fiz uma pequena pesquisa e fiquei mais descansada. Afinal fui eu que ouvi mal, a notícia da rádio falava de um programa especial sobre o Ary dos Santos, para assinalar a sua morte que foi a 18 de Janeiro de 1984...Fiquei mais descansada porque se não se ouviu nada mais sobre isso foi porque... ainda estamos a 16 de Janeiro. Ainda há esperança de ver a sua morte assinalada convenientemente na comunicação social. Antes assim.
Justo Rodrigues (presidente da Junta) - Já disse, e voltarei a dizê-lo na Câmara segunda-feira: a serra é nossa e muito nossa. Queremo-la assim, estamos no nosso direito. Desta forma é que nos faz arranjo. Os de Lisboa querem-na coberta de pinhal…? Semeiem pinhal nos parques e jardins onde têm empedrado e relva só pra vista.
Nacomba – Vai haver sangue, não haja dúvida – vai, vai! Se o governo teima em meter aqui a pata, temo-la tramada!
(...)
Dr. Rigoberto – A nação é de todos. A nação tem de ser igual para todos. Se não é igual para todos, é que os dirigentes, que se chamam Estado, se tornaram quadrilha. Se não presta ouvido ao que eu penso e não me deixa pensar como quero, se não deixa liberdade aos meus actos, desde que não prejudiquem o vizinho, tornou-se cárcere. Não, os serranos, mil, cinco mil, dez mil, têm tanto direito a ser respeitados como os restantes senhores da comunidade. Se os sacrificam, cometem uma acção bárbara, e eles estão no direito de se levantar por todos os meios contra tal política.
Louvadeus- Quando esta aldeia estiver mais adiantada, civilizada, tenha luz eléctrica, telefone, escolas dignas, hospital, água potável, (então) fale o estado em levar por diante este número do programa. Até lá, com fome, tamancos de amieiro e barbárie em toda a linha, deixem-nos o que temos. Não nos queiram ditar a vossa lei pela bala e a baioneta.
(Interrompe) Olhe que Nós também não vamos a Lisboa cobiçar os relvados, que lá há, para pastagem das nossas vacas (…) pois podia-se-lhe chamar aproveitar a terra!
Compra samarras – Conho (…) A serra foi dos serranos desde que o mundo é mundo, herdada de pais para filhos. Quem vier para no-la tirar, connosco se há-de haver!
Querem mais? Comprem o livro!
Um agradecimento à minha amiga Filomena pela selecção dos excertos.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Palestina (2)
Ainda a minha indignação com o que se está a passar na Palestina.
Já não tenho palavras para classificar aquilo que o governo de Israel está a fazer, apesar de haver muitas que lhe assentam bem.
E é por causa de notícias assim, como esta, que de dia para dia continuo a sentir que é muito importante não desistir, lutar, RESISTIR.
Pela Palestina, por todos os povos oprimidos, grito. Grita.
Já não tenho palavras para classificar aquilo que o governo de Israel está a fazer, apesar de haver muitas que lhe assentam bem.
E é por causa de notícias assim, como esta, que de dia para dia continuo a sentir que é muito importante não desistir, lutar, RESISTIR.
Pela Palestina, por todos os povos oprimidos, grito. Grita.
"Não fiques para trás oh companheiro
É de aço esta fúria que nos leva
Para não te perderes no nevoeiro
Segue os nossos corações na treva.
Vozes ao alto, vozes ao alto
Unidos como os dedos da mão
Havemos de chegar ao fim da estrada
Ao sol desta canção.
Aqueles que se percam no caminho
Que importa? Chegarão no nosso brado
Porque nenhum de nós anda sózinho
E até mortos vão a nosso lado."
É de aço esta fúria que nos leva
Para não te perderes no nevoeiro
Segue os nossos corações na treva.
Vozes ao alto, vozes ao alto
Unidos como os dedos da mão
Havemos de chegar ao fim da estrada
Ao sol desta canção.
Aqueles que se percam no caminho
Que importa? Chegarão no nosso brado
Porque nenhum de nós anda sózinho
E até mortos vão a nosso lado."
(Jornada, de José Gomes Ferreira)
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Palestina
Sobre os ataques de Israel à Faixa de Gaza já se disse muito, mas raramente a verdade, se olharmos para a comunicação social reinante, subserviente do grande capital.
Porém encontrei um texto que diz tudo. Vão lê-lo ao Império Bárbaro. Consulta obrigatória.
É que, para mim, desde que hoje de manhã ouvi na rádio que os israelitas íam conceder "três horas de cessar-fogo para permitir a ajuda humanitária" na Faixa de Gaza, nos locais onde eles estão a matar palestinianos só "porque sim", desde que ouvi isso, dizia eu, não consigo falar sobre o assunto calmamente, e sem usar de algum vocabulário vernáculo, que, claro está, não fica bem numa senhora... :)
Não consigo aceitar que haja tanta hipocrisia.
É inadmissível o que se está a passar.
Também acho graça às declarações daquele senhor que dá pelo nome de Shimon Peres, Nobel da Paz em 1994, a quem ninguém ainda pensou retirar tal prémio... (Por menos falou-se em retirar o Nobel da Literatura a Günter Grass).
Estou revoltada e com uma enorme sensação de impotência perante o que se está a passar.
Raio de mundo, este!
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Revolta
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Um local ideal para...
...prender o governo israelita, mais os seus amiguinhos americanos, e todos os militares que estão a atacar o povo palestiniano
sábado, 3 de janeiro de 2009
Desejos de Ano Novo
"Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconsequentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exacta para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra ,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga `Isso é meu`,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afectos morra,
Por ele e por você,
Mas que, se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar, e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar."
"Desejo Primeiro", de Victor Hugo
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