Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco.
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco.
poema Mário Cesariny
Foto: Carlos Canhoto
4 comentários:
Que belíssimo modo de dizer amor!
Beijinho aos 3:))
Não desapareceu.
Passei la hoje......so o barquinho e que desapareceu.....
Beijinhos
Muito bonito!
Tudo... o poema, a fotografia... a ideia por detrás...
Abreijos.
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