terça-feira, 30 de dezembro de 2008

MÚSICA PARA COMEÇAR O ANO

Este ano de 2008 fica marcado para todos nós com bons e maus acontecimentos. Resta-nos esperar que 2009 nos traga mais PAZ, mais JUSTIÇA, mais SOLIDARIEDADE, e já agora, que traga também o SOCIALISMO a sério.
Fazendo jus ao ditado "tristezas não pagam dívidas", deixo-vos a receita para uma passagem de ano feliz: boa música!
Por isso... aqui fica a ESPANTOSA interpretação do tema "Mambo", da obra "West Side Story", de Leonard Bernstein. Apesar de ainda há uns tempos ter cá colocado o tema "America" da mesma obra, não posso deixar de vos recomendar este video. Quem interpreta é, nada menos, nada mais, do que a "Orquestra Sinfónica Juvenil Simón Bolivar". Uma orquestra venezuelana, pois claro, aqui dirigida pelo reconhecido maestro Gustavo Dudamel.
A história que está por trás da formação desta orquestra deve já ser conhecida de toda a gente, mas se ainda a não conhecem não deixem de ir AQUI.
Em resumo..
A Venezuela está a demonstrar que é possível caminhar contra a corrente. Cuba resiste há 50 anos! O povo palestiniano continua a lutar. A Grécia está a trilhar o seu próprio caminho...
Há esperança no horizonte para 2009!
Em LUTA, claro! Até à Vitória Final.

Bom Ano Novo.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Acreditar no Amanhã

O Linha do Vouga chamou-me a atenção para
esta notícia. Entretanto ocorreu-me este comentário, que aqui vos deixo, em jeito de mensagem de Natal:


Nada é impossível de mudar


"Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.

E examinai, sobretudo, o que parece habitual.

Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada,
de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada,
nada deve parecer natural,
nada deve parecer impossível de mudar."


Bertold Brecht



terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Natal

Não me ocorre nada, mesmo nada mais original do que...

Feliz Natal

e

Bom Ano Novo.

São os votos do Mar sem Sal a todos os seus visitantes e amigos.

E já agora, uma mensagem ainda menos original:

Vivam! Aproveitem cada dia como se fosse o último...
(Porque pode bem sê-lo, quem sabe...)
Sejam felizes.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Ah Ah Ah Ah .... (isto sou eu a rir à gargalhada!)

O Cravo de Abril fez um post sobre o assunto. Eu, curiosa, fiz como o São Tomé, que em linguagem da net quer dizer "fui ao youtube".
Vão buscar a vossa melhor cerveja, sentem-se confortavelmente e vejam lá se não é de rir a valer...
E o Bush até nem merece, coitadinho...



Nota de rodapé: o que o jornalista estava a querer dizer nas entrelinhas era que o presidente dos EUA deveria dar "corda aos sapatos". Ele até lhe emprestou uns...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Auto-avaliação


Fim do I período! Está quase.
Como sempre, no fim de cada período lectivo, peço aos alunos que escrevam um pequeno texto com a sua auto-avaliação à disciplina que lecciono no conservatório.
Hoje "rebolei-me" a rir com este final de uma auto-avaliação de um (bom) aluno de dez anos, que transcrevo ipsis verbis:

(...)"Esta disciplina é muito importante, pois no futuro, se não conseguir-mos arranjar imprego, agarramo-nos à música, e podemos vir a ser famosos."

Não é uma delícia?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ouve-se cada uma!

Quando faço viagens para a Guarda ouço com frequência os noticiários da Antena 1.
Hoje destaco duas pérolas da informação, daquelas que poem em evidência a democracia em que vivemos.
Na primeira o sumo da questão era o envio, uma vez mais, de soldados portugueses para o Afeganistão. Que "é o menor contingente já enviado", que começámos "com 300 e agora vão menos de 30" (acho). Rebéubéu, pardais ao ninho. E que "há que contar com o factor Obama, que, se assim o desejar, poderá condicionar o envio de mais homens." Ahhh. Então está um país a fazer guerras durante séculos, a combater mouros, espanhóis, franceses, e sei lá mais o quê, para se afirmar como um país soberano, e agora vem aí o Presidente dos "Staites" dizer quantos soldados portugueses é que vão para o Afeganistão?
Segunda pérola: o Tratado de Lisboa vai ser novamente referendado na Irlanda. E, dizia o jornalista, os irlandeses "terão de voltar a dizer o que pensam" acerca do mesmo tratado. É caso para perguntar às mentes brilhantes do Conselho Europeu de Bruxelas, reunidas em mais uma Cimeira "o que é que não perceberam?"
É a Europa dividida em dois: a Europa dos trabalhadores europeus, que já mostrou sinais de recusar este Tratado (ou chamemos-lhe "Constituição Europeia" à força), e a Europa dos chefes de Estado e Governos, que repetirão o referendo as vezes que forem necessárias até dar o resultado que esperam e lhes convém. Isto é que é uma democracia.... Ainda falam do Mugab...
Não se pode andar a bater com a mão no peito, e a dizer "aqui d'el-rei", que a democracia está a ser atacada, para de seguida, de acordo com outros (ou os mesmos) interesses, se subverter o conceito de democracia ("poder do povo") e obrigar (é o termo) um povo de um país a ir votar outra vez algo que já tinha sido referendado.

Para terminar, não posso deixar de dizer que já esperava o que aconteceu na reunião entre a plataforma sindical e o ME. Sem suspensão deste modelo de avaliação não pode haver diálogo possível. E a luta crescerá de tom. Necessariamente. A Luta vai continuar, cada vez mais forte.

Razões de sobra para fazer um post enorme, que possivelmente ninguém vai ler até ao fim.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Ensaio sobre a Cegueira

Este cartoon foi recebido por email.
Confesso que as minhas suposições, relativamente a esta coisa dos "bancos" e das estranhas teias que se tecem sem que ninguém veja, não são muito positivas. Acho, sinceramente, que 2009 ainda nos vai trazer muitas surpresas. (Ou não?)
Há dias comentei que "isto é só a ponta do iceberg", referindo-me ao Capitalismo. Agora tenho a certeza: nós vamos ter grande contestação. E desta vez não vai ser algo ténue, rápido, residual. Vai ser "em grande", vai ser brutal, vai ser profundo. Porque nunca, como agora, se assistiu a tamanho ataque aos trabalhadores, suas famílias, e seus direitos. Há sempre um momento em que nos fartamos de ser enganados. Em que dizemos "Basta". E, se fôr preciso, damos um murro na mesa!
O sistema é como um balão de ar: vai encher, encher, encher, até que um dia... rebenta!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Música para um Feriado

Debussy é um dos meus (muitos) compositores preferidos. Quer pelas muitas imagens que a sua música evoca, (não fosse ela de matiz impressionista), quer pela subtileza das suas melodias, quer pela expressividade penetrante... ou só porque me faz sentir bem enquanto a escuto.
Esta Sonata para violoncelo é lindíssima, e aqui fica um excerto, tocado por Maurice Gendron.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Poema roubado por aí

Quando as palavras me faltam, falo pela boca de outros.
E deixo que outros leiam o que não fui eu a pensar ou escrever, mas que sinto por inteiro como meu: a dor, a tristeza, e um imenso abraço amigo a quem sabe que este post é para si.


"Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos humedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo."

de Olavo Bilac

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

XVIII Congresso

Neste fim de semana vai decorrer no Campo Pequeno, em Lisboa, o XVIII Congresso do PCP.
Não sei que cobertura mediática lhe vai ser dada. Mas suspeito que qualquer outra coisa terá honras de abertura dos noticiários, em detrimento deste Congresso. Sim, porque é bem mais importante distrair os portugueses das ideias "desses comunistas" que insistem em transformar o mundo, e para essa função qualquer notícia é válida, desde as alegações finais do caso Casa Pia até à sobremesa que o Paulo Bento comeu ao almoço.
De uma coisa tenho a certeza, neste XVIII Congresso vão ser debatidas propostas para ultrapassar esta suposta crise mundial, que não passa de uma falência do próprio sistema capitalista. As contradições do capitalismo levaram à actual situação económica e social, quer em Portugal como no resto do mundo. E a forma como se pode ultrapassar esta crise é apenas através da ruptura com as políticas de direita que levaram a que neste momento se atravesse esta situação.
Este Congresso vem mesmo a calhar! Ainda há quem diga que os partidos políticos "são todos iguais"... Pois é. Mas há uns que são mais iguais que outros.
E há um que não é igual senão a si próprio, e não cederá a pressões para mudar as suas linhas ideológicas fundamentais. Por isso... por Abril, pelo Socialismo, um Partido mais forte.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Música para começar a semana

Lista de coisas que me estão a chatear:

- O estado da Educação em Portugal;
- As nacionalizações dos prejuízos e as privatizações dos lucros;
- O Ensino Artístico a afundar-se cada vez mais;
- O governo de Sócrates em geral;
- A ministra da Educação, em particular (e o Paulo Feliciano, e o Valter Lemos, etc);
- A caldeira de aquecimento de minha casa;
- O Noddy;

E o que mais me irrita é que, destas todas, só consigo resolver o problema da caldeira! Irra!

Para não variar, quando estou "assim", tenho de ouvir coisas lindas e bem feitas... Para provar a mim mesma que nem tudo é mau.
Aqui fica "O meu amor", do Chico Buarque, cantado pelas veteranas Elba Ramalho e Marieta Severo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Isto está a aquecer

É incrível o que se tem passado neste país nos últimos meses em matéria de EDUCAÇÃO.
Os professores manifestam-se. Não são seis ou sete, nem cem nem duzentos. São mais de 80% desta classe profissional que estão contra o modelo de avaliação que o ME quer impingir a todo o custo. A inqualificável Maria de Lurdes Rodrigues continua a dizer que vai levar a avaliação para a frente. Eu tenho que admitir que Sócrates escolheu muito bem a personagem certa para esta difícil pasta. A senhora até é bastante eficaz... para servir os interesses do Governo. O problema é que o ME (logo, este Governo) está contra toda a classe docente (Avaliação, Estatuto da Carreira Docente), contra os alunos (veja-se a parvoíce do novo Estatuto do Aluno), contra o conhecimento (veja-se o ridículo programa Novas Oportunidades).
Felizmente ainda há oposição que desempenha um importante papel de defesa dos professores, que é o mesmo que dizer, defesa da escola pública e democrática. Confirmem AQUI.
(Eu até nem costumo gostar do JN mas, por incrível que pareça, publicaram a notícia, pelo menos on-line.)
Os últimos acontecimentos levam-me a crer que dentro de poucos dias a senhora vai ter de ceder. Caso contrário estará a comprar uma guerra terrível, que só poderá ser ganha por quem tem a razão: professores, alunos, encarregados de educação. Estamos quase no ponto de "não-retorno". A partir daqui só há um resultado possível à vista.
A Luta está a aquecer.


E eu, pela parte que me toca, vou contribuir para que aqueça ainda mais.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Música para meio da semana...

As pessoas gostam de música pelas mais variadas razões.
Mas quando se ouve Pablo Casals a tocar a Suite n.1 para Violoncelo, de Bach, rendemo-nos, definitivamente, à evidência de que a MÚSICA é a mais bela e completa de todas as artes.
Pronto. Está lançada a polémica. Já sei que me vão dizer que não, que as diferentes expressões artísticas tem impactos diferentes para diferentes pessoas, etc, mas...vá lá... rogo-vos: deixem-me ser tendenciosa só por um bocadinho. A música, para mim, é a melhor das artes.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Assim diz Sophia



"Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa"

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Síntese


Na próxima sexta-feira, dia 14, realiza-se o último concerto do ciclo de música contemporânea da Guarda "Síntese".
Este concerto reveste-se de uma importância especial para mim, visto estar envolvida nas três estreias mundiais que iremos fazer.
A primeira, "Ecos de Jerusalém", é do compositor José Carlos Sousa. A obra remete-nos para o conflito no Médio Oriente, e revela um apelo à paz.
A segunda obra, "Em Terra", é de Amílcar Vasques-Dias, e é baseada no poema "Vejam bem" de Zeca Afonso. (Para grande surpresa minha, o compositor dedicou-me a obra.)
A terceira obra, "Canzona II" é de Christopher Bochmann, um compositor inglês que reside há vários anos em Portugal.
Sem desprestígio para o José Carlos Sousa, que é o compositor mais jovem, na casa dos trintas, o Amílcar e o Bochmann são duas referências incontornáveis no panorama da música contemporânea portuguesa. E com eles estudaram muitos dos novos compositores.
A responsabilidade é grande, mas a vontade de cantar estas obras é ainda maior. Por isso... vamos lá voltar ao estudo!!!


Nota de Rodapé: Quem disse que a música contemporânea só se faz nos grandes centros? Experimentem vir à Guarda. Vão ficar surpreendidos! Ah! E tragam roupa quentinha!!!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Um dia destes ainda compro uma auto-caravana

Passo tanto tempo a correr entre várias cidades, a centenas de quilómetros umas das outras, que às vezes até penso que era melhor vender a casa e morar numa auto-caravana...
Adiante...
Fora o cansaço e uma ida atribulada ao centro de saúde devido a problemas alérgicos (que só agora descobri que tinha...) ficaram-me algumas imagens na memória destes últimos dias.
A manifestação dos professores foi, com muita pena minha, vista pela televisão, já decorridas as várias horas que durou. Se não tivessem sido uns ensaios incontornáveis marcados para esse dia teria lá estado, com os meus colegas, a exigir a mudança de política deste executivo, e mais concretamente, no ME.


De sexta-feira ficaram-me uns senhores na memória, estes que aqui vêem. Figuras públicas, pois então! Um fala da Revolução de Outubro, de casamentos disfarçados, do "tio Vladimir" e do avô "Carlos" que não podiam estar presentes (no casamento), e da força, da resistência, da luta. Outro canta a luta, a resistência, a força, os poemas de gente que era viva e que depois "morreu" sem morrer... Fora o resto. Já para não falar de histórias de gatos e cães...
De sábado guardo memórias auditivas da música de Poulenc tocada por uma excelente pianista. Recital de grande qualidade, com dois cantores muito interessantes. E um salutar convívio pós-concerto.
Hoje, uma feira do Porco e do Enchido numa terra muito progressista, de seu nome Meruge, no concelho de Oliveira do Hospital, e muitas caras amigas, camaradas, gente boa.
Mais noites assim, mais dias assim, mais e mais.
Porque a nossa força vem da força que temos todos nós.





Nota: um grande agradecimento à GR, autora das duas fotos deste post, e de mais umas quantas que teve a delicadeza de me enviar.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Música para meio da semana...

Estou sempre disposta a parar por uns minutos para ouvir Schubert. Então esta obra, Die Winterreise ("Viagem de Inverno") é daquelas que apetece ouvir sempre.
Este cavalheiro que aqui vêm em duas fases diferentes da sua vida canta cada uma das canções que integra este ciclo de forma absolutamente inigualável. Nota-se que sou fã do Dietrich Fischer-Dieskau. E, já agora, uma palavra aos pianistas destas duas gravações, dois nomes que dispensam apresentações, Gerald Moore no lied "Der Lindenbaum" e Alfred Brendel no segundo video, no lied "Gute Nacht".
E por falar em boa noite...
até amanhã!





Nota de rodapé: vou-me deliciar a ouvir a Winterreise ao vivo em Aveiro, no dia 19 deste mês, tocada pelo excelente pianista Fausto Neves e pelo excelente barítono António Salgado (que é o Fisher-Dieskau português).

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Síntese


O segundo concerto do ciclo "Síntese", no Teatro Municipal da Guarda, é já no próximo sábado, dia 1, pelas 21h30.

Desta vez vamos fazer um reportório que envolve o elemento teatral na música contemporânea.
Óptima oportunidade para assistir a uma peça (da compositora portuguesa Constança Capdeville) que não é feita desta 1982, altura em que foi estreada na Gulbenkian.
Outro momento a não perder é a estreia absoluta de "Ricercare" do meu amigo Domenico Ricci, um excelente pianista italiano que teve a feliz ideia de se mudar há uns anos para Portugal. Esta obra tem a particularidade de ser escrita para "voz, n instrumentos e público" (sim, público!), e tem uma forte componente aleatória, com improvisação à mistura.
Adianto ainda que este concerto começa com uma pizza. Se querem saber mais... apareçam!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Alerta: comunicado de última hora



*Comunicado de última hora*

O Banco Central Europeu e a Organização Mundial de Saúde, revelaram que as notas de 500 euros contêm uma substância altamente cancerígena.
Em comunicado, o Governo de José Sócrates já garantiu que os trabalhadores portugueses estão totalmente fora de perigo!



Recebido por email, ontem. Curioso como continuamos a ter a capacidade de rir da nossa má-sorte.

domingo, 26 de outubro de 2008

Ouvir com "Repeat"..

Música para uma data especial...
E para ouvir no repeat, se apetecer.
Esta canção chama-se "Beatriz". É de autoria de Edu Lobo e Chico Buarque (olha que dois...) para a excelente interpretação de Maria João e Mário Laginha (olha que dois outra vez...).
É praticamente impossível não gostar.
Tu gostas, não é?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Professores domesticados? Não, obrigado!

É raro gostar de algum artigo que seja da revista Visão. Mas desta vez, recebi este texto por email, fresquinho.. Confesso que o segundo parágrafo aqui transcrito me fez pensar alto um "Exactamente", e senti vontade de partilhar isto convosco.

O ambiente das escolas é agora de ansiedade, com a corrida ao cumprimento das centenas de regulamentações que desabam todos os dias do Ministério para os docentes lerem, interpretarem e aplicarem. Uma burocracia inimaginável, que devora as horas dos professores, em aflição constante para a conciliar com uma vida privada cada vez mais residual e mesmo com a preparação das lições, em desnorte com as novas normas (tal professor de filosofia a dar aulas de "baby sitting" em cursos profissionalizantes) - tudo isto sob a ameaça da despromoção e do resultado da avaliação que pode terminar no desemprego (...)

No processo de domesticação da sociedade, a teimosia do primeiro-ministro e da sua ministra da Educação representam muito mais do que simples traços psicológicos. São técnicas terríveis de dominação, de castração e de esmagamento, e de fabricação de subjectividades obedientes".

In "A domesticação da sociedade", José Gil, Visão, 2/10/2008

E acrescento esta ideia: as "técnicas terríveis de dominação" a que se refere este cronista (nem sei como esta tirada passou na censura...) servem, nada menos nada mais, senão a uma única parte interessada: ao grande Capital. A este interessa, sobretudo, que as pessoas sejam acríticas, "bem comportadinhas", que se sintam intimidadas a fazer greves, manifestações, críticas ao(s) governo(s), etc , e - técnica ainda mais refinada - ensinem pelo exemplo (ou pior ainda, pelas palavras) os nossos estudantes a ter exactamente essa atitude. Domesticados, pois. Para podermos ser explorados até ao tutano.

Mas a luta aí está. Todos os dias. Para desmontar este grande esquema, e impedir que alastre. No que depender de mim, não vai haver domesticação nenhuma! Somos livres. Não voltaremos atrás. Disse.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Síntese




Começa amanhã o "Síntese" - III Ciclo de Música Contemporânea da Guarda.
Eis uma das razões que me tem impedido de actualizar o Mar sem Sal com mais regularidade.
E ainda tenho bastante trabalho pela frente...
C'est la vie! Ninguém disse que isto (esta vida, entenda-se) era fácil... Mas quem canta por gosto...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Hoje só quero dizer isto



Sobre o Ivan Lins podia dizer muita coisa. Podia escolher muitas outras belas canções.
Mas esta, hoje, é tudo o que quero dizer.
Porque sim.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Post Novo, desculpa velha

Blogue desactualizado...
Pouco tempo
Mente ocupada,
tempo para nada,
tempo para pouco, mas afinal...
Pouco mudou neste país.
E o que mudou não foi mudança para melhor,
foi só mais uma manobra para ...
(escolha a resposta certa:)

1-...salvar os bancos da "crise" (qual crise?);
2-...salvar o sistema capitalista durante mais uns anos até este explodir outra vez (tão certo como hoje ser dia 13);
3-..serem sempre os mesmos a pagar...

Pessimista, eu? Não. Realista.
Post novo, "crise" velha...
E assim vai o mundo.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Vindimas (à moda de Miguel Torga)


Confiança

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...

Sem ter tempo para dizer tanta, tanta coisa que me ocorre durante o dia, chego à noite, sento-me ao computador e apetece-me ler poesia e ouvir música, e esquecer que vivo num país governado pelos Marretas... só que sem graça nenhuma. Será fuga? (será gente?) Gente não é, certamente, mas a fuga às vezes bate assim...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

7 de Outubro - uma chegada

Neste dia, há 2 anos atrás, chegou alguém a esta casa.
Já passaram 2 anos?
A vida é estranha, e pode acontecer: exactamente 10 anos depois de se perder uma mãe nascer-nos uma filha...
Pode ser estranho, é certo. Mas é bonito.
(Pelo menos para mim.)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

6 de Outubro - uma partida

São 23:58 de 6 de Outubro de 2008.
Houve uma partida na minha vida, neste dia, há 12 anos atrás.
Já passaram 12 anos?
Que vida tão estranha, esta...
há quem diga que para cada partida existe uma chegada...

(ver post seguinte)

sábado, 4 de outubro de 2008

Música para o Fim-de-Semana

Já ando para falar neste compositor há uma data de tempo. Depois de ter ido a um blogue amigo, cá me decidi.
A música de Gyorgy Ligeti prende-nos à cadeira. Tenho quase sempre essa impressão quando a ouço. Tem uma escrita simples, directa, uma abordagem minimalista em termos de utilização do material musical (intervalos, padrões rítmicos) mas, um pouco como Beethoven - com as devidas diferenças, entenda-se - Ligeti explora ao máximo todas as possibilidades que uma pequena quantidade de material fornece. Por exemplo, chega a fazer obras (de curta duração) com a manipulação de apenas quatro notas e apenas duas ou três células rítmicas. O resultado é magnífico. Deixo-vos com um video do Estudo n. 13 para piano, com o bonito nome "L'escalier du diable" ("A escada do diabo")*.



* Que foi a recente escolha musical do meu aluno João Cunha no seu blogue. Foi tão boa a escolha que resolvi publicá-la também. Boa, João!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Dia Mundial da Música (ontem)

O ano lectivo avança. Já estamos em Outubro.
O meu horário este ano não me deixa respirar. O meu Mar sem Sal passa uns dias sozinho, coitadinho. E até as homenagens às coisas, acontecimentos e pessoas que tenho como muito importantes são feitas tardiamente. Desta vez escrevo com um dia de atraso. A 1 de Outubro, além de jornadas de luta com um enorme sucesso (apesar de haver para aí um certo Governo a tentar dizer o contrário), também se comemora o Dia Mundial da Música.
Não tendo palavras para descrever aquilo que me prende a esta Arte, deixo-vos um dos meus Lieder favoritos, de autoria de Schubert: "An die Musik". Trata-se de uma das mais belas canções em forma de homenagem que alguma vez foram escritas à arte dos sons e dos silêncios. Quem, como eu, precisa de música para respirar, entenderá certamente, porque é que, como diz a letra, lhe "agradeço por isso".



E nada melhor que ouvir um dos melhores cantores de sempre,
Dietrich Fischer-Dieskau, numa gravação original, de 1959, com Gerald Moore ao piano.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

1 de Outubro

Hoje é dia 1 de Outubro.
De que é que estás à espera?
É tempo de LUTAR.
Não fiques parado, a olhar...

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Música para começar a semana


Primeiro ouçam:



É espectacular, não é?
É uma das variações (de nome "Nimrod") de uma obra chamada "Variações Enigma", de Elgar.
Música verdadeiramente arrebatadora.
Para começar bem a semana!


sábado, 27 de setembro de 2008

Féééééérias... chuif chuif


Fotos das férias.
São fofinhos, não são?
Quem me dera que as férias voltassem rápido...
Já estou farta deste ano lectivo, e ainda agora começou!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

E se perdessemos a lucidez por uns instantes?

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás…

E o que vejo a cada momento

É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…

Sei ter o pasmo essencial

Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender …

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar …
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...



(Hmmm. Não sei... tenho as minhas dúvidas... É que... o poeta é um fingidor. Por isso não sei se desta vez está certo...)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Para que serve a Poesia?

Pergunta sem resposta consensual.
É o mesmo que perguntar para que serve a música, ou o amor, ou a vida.
Estamos vivos, é só isso.
E um dia tudo passará, e só fica o que não se acaba.
Se dúvidas tivesse, bastaria regressar à minha infância, para verificar que sempre, sempre estive rodeada de poesia.
Ontem o Cravo de Abril recordou-me Pablo Neruda, no dia em que passavam exactamente 35 anos da sua morte. Fui dali, lê-lo outra vez. Fiquei de novo rendida. Fiquei rendida e derretida! É que... a sua poesia é mesmo linda.
Daquelas que apetece morder.
Ora reparem:


"Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,

e tiritam, azuis, os astros lá ao longe".

O vento da noite gira no céu e canta.



Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Eu amei-a e por vezes ela também me amou.

Em noites como esta tive-a em meus braços.

Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.



Ela amou-me, por vezes eu também a amava.

Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Pensar que não a tenho. Sentir que já a perdi.



Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.

E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.

Importa lá que o meu amor não pudesse guardá-la.

A noite está estrelada e ela não está comigo.



Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.

A minha alma não se contenta com havê-la perdido.

Como para chegá-la a mim o meu olhar procura-a.

O meu coração procura-a, ela não está comigo.



A mesma noite que faz branquejar as mesmas árvores.

Nós dois, os de então, já não somos os mesmos.

Já não a amo, é verdade, mas tanto que a amei.

Esta voz buscava o vento para tocar-lhe o ouvido.



De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.

A voz, o corpo claro. Os seus olhos infinitos.

Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame ainda.

É tão curto o amor, tão longo o esquecimento.



Porque em noites como esta tive-a em meus braços,

a minha alma não se contenta por havê-la perdido.

Embora seja a última dor que ela me causa,

e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo."



(Então? Não ficaram enternecidos?...)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Novo Ano Lectivo(2)


É o caos absoluto.
Este novo início de ano lectivo tem-me tirado muitas horas de sono, e por isso, não tem sido fácil visitar os meus "amigos de infância" (como diz o Samuel) da blogosfera.
A senhora ministra Maria de Lurdes Rodrigues rejubila de contente com a abertura do ano lectivo, entrega "Magalhães" (é mesmo assim que se chamam os computadores??) a torto e a direito, e, pela parte que me toca, acho imensa piada à obrigatoriedade que agora foi posta em prática de aplicação da portaria 1550/2002. Refiro-me a uma legislação (que até nem é má, mas nem sequer foi ideia deste Governo) que regulamenta o regime de frequência "Articulado" nas escolas de Ensino Artístico Especializado (EAE), vulgarmente conhecidas como "academias" ou "conservatórios".
A ministra vai gabar-se em breve, talvez já agora, no próximo dia 1 de Outubro, de que conseguiu pôr mais gente a estudar neste tipo de ensino.
Pois quero preveni-los do seguinte:

1) a srª ministra quis pôr em marcha, com a força de uma legislação, um sistema abrangente de acesso ao EAE. Mas beneficiou, principalmente, as escolas particulares, que, afirma estão a realizar um "serviço público". Reparem que não criou escolas públicas! Já vi este filme antes. Lembram-se dos hospitais públicos com gestão privada? Foi um favorzinho que fez a potenciais interessados em "comprar" o EAE em Portugal. O futuro demonstrará quem são, porque, não tenham dúvidas, se esta marcha não fôr interrompida, também esta área será (se é que ainda não foi) tomada de assalto por grandes grupos económicos. Repito: o futuro o dirá!
2) as escolas e os conservatórios não estavam preparados para as "negociações", ou "articulações" necessárias. É um erro pensar que isto foi pacífico, no terreno. Não foi.
Os horários não foram preparados para o currículo do aluno em articulado, os alunos não foram esclarecidos, alguns pais não fazem ideia do que estão a escolher para o futuro dos seus filhos, e tenho sérias dúvidas que metade destes alunos consigam comprar instrumentos musicais. Pois é. A ministra não se lembrou que este problema iria acontecer... Um colega dizia-me no outro dia que esteve numa reunião de pais onde estiveram presentes pessoas que tinham caminhado 4km (a pé) para estar na reunião, à noite. Quando se falou na necessidade de comprar um instrumento musical... levantaram-se e foram-se embora. Quem quase não tem dinheiro para comer não consegue pôr um filho a estudar música. Não foram criados quaisquer tipos de apoios para a aquisição de instrumentos. Quem sabe se uns "Magalhães" a menos...
3)vai haver sempre gente interessada em "mostrar serviço". Alguns tem cartão rosa e não vão querer ficar mal na fotografia. Talvez já a pensar no cargo que poderão vir a ter no futuro, numa qualquer Direcção Regional de Educação, ou como gestores escolares. Outros vão dizer que isto está tudo errado, mas pelas piores razões: porque consideram que este tipo de ensino é para uma elite, e assim se deve conservar, colocando de parte os filhos dos operários, empregadas domésticas, chineses, ucranianos e ciganos (principalmente estes três últimos).
4) Também vai haver quem, mesmo sabendo que estas directrizes levam água no bico e acarretam (ainda mais) problemas a este sector de ensino, vá lutar por esta coisa da "democratização" do ensino artístico especializado, e até arrisco dizer que se alguma coisa funcionar, este ano, dever-se-á, fundamentalmente, à capacidade de trabalho dos professores e ao "amor à camisola" que estes têm pelo ensino artístico.
De outra forma, não estou a ver...

Santo Cravo


Numa das minhas voltinhas, nestas férias de um Agosto que já partiu, ficou-me na memória (e na objectiva da máquina fotográfica) este Cristo no altar, enfeitado com um cravo vermelho, no mosteiro de S. João de Arga, na serra de Arga, nas cercanias de Caminha.
Aí está a prova de que Jesus Cristo foi o primeiro revolucionário da História... eh ehe ehe

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Mundo? Só se fôr novo...

Embora os meus olhos sejam
os mais pequenos do mundo
o que importa é que eles vejam
o que os homens são no fundo

Que importa perder a vida
na luta contra a traição
se a razão mesmo vencida
não deixa de ser razão

Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo
calai-vos que pode o povo
querer um mundo novo a sério

Eu não tenho vistas largas
nem grande sabedoria
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.


de António Aleixo

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

América: terra da oportunidade

Quando ouvi as notícias acerca do colapso provocado pela falência do banco Lehman Brothers dei comigo a cantarolar a canção "América" que faz parte da obra "West Side Story", que o genial Leonard Berstein escreveu como banda sonora para o filme (musical) homónimo.
É que, aquilo lá pelas terras do tio Sam parece que funciona da seguinte maneira:
tu abres um negócio, por exemplo, uma mercearia. Passado uns tempos, com a crise dos cereais, e tal, aquilo começa a dar para o torto e abres falência. Pois o estado norte-americano, com uma generosidade incomparável, assume as tuas despesas, transfere dinheiro do erário público para a tua conta, impedindo, dessa forma, que tu provoques um colapso na tua vida!
É, sem dúvida, a terra da oportunidade.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Recordar Victor Jara


Victor Jara foi assassinado há 35 anos, no Estádio Chile. Depois de ter sofrido uma tortura brutal (as suas mãos foram cortadas), foi morto a tiro e atirado para a berma de uma estrada, e só muito mais tarde foi possível à sua mulher ir reconhecer o corpo. Nos últimos dias no campo de concentração em que estava transformado o estádio, escreveu o poema "Somos cinco mil", do qual vos deixo aqui um pequeno excerto.
Revolta-me saber que, como dizia Brecht, "o ventre que o pariu [referindo-se a Hitler] ainda é fecundo". Que é o mesmo que dizer que as bestas que congeminaram e realizaram o golpe de estado que depôs Salvador Allende, assassinando Victor Jara dias depois, ainda andam por aí, ainda servem os mesmos senhores. Os responsáveis ainda estão a tentar dominar o mundo.

Somos cinco mil / Somos cinco mil
en esta pequeña parte de la ciudad. / nesta pequena parte da cidade.
Somos cinco mil / Somos cinco mil
¿Cuántos seremos en total / Quantos seremos ao todo
en las ciudades y en todo el país? / nas cidades e em todo o país?

Solo aquí /
Só aqui
diez mil manos siembran / dez mil mãos semeiam
y hacen andar las fabricas. / e fazem as fábricas andar
¡Cuánta humanidad / Quanta humanidade
con hambre, frío, pánico, dolor, / com fome, frio, pânico, dor,
presión moral, terror y locura! / pressão moral, terror e loucura!

poema in wikipédia

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Há coisas fantásticas, não há???



Serão as "Novas Oportunidades" deste Governo?
(acho um mimo a descrição do curso... cliquem na imagem para lêr em tamanho maior)

Ó cavaco: cuidado com o pescoço...


Ao ouvir as notícias na rádio descobri que sua santidade, o professor Cavaco Silva, andava por terras de trás-os-montes, a tentar conhecer as gentes daquelas terras ermas e distantes (ou como dizia o Herman José nos seus tempos de glória "o enterior desquecido e ostracizado"). Sua excelência descobriu, vejam bem, que há apenas dois vigilantes a patrulhar a zona do Douro Internacional, uma área de cento e muitos quilómetros. Oh. O senhor presidente da República não sabia que havia falta de meios...
Fez-me logo lembrar a Maria Antonieta e uma história que se lhe atribui: face à revolta do povo fora do palácio, e um grupo que pedia pão, dirigiu-se-lhe uma camareira que informou a rainha que o povo não tinha pão, ao que esta terá respondido: "Não tem pão? Que comam brioches?!" À falta de brioches o Cavaco recomenda Bolo Rei.
A distância dos governantes face à realidade é perigosa para os pescoços...
E se fosse a ele, nas próximas eleições não punha o pescoço à disposição...

sábado, 13 de setembro de 2008

Novo Ano Lectivo

As escolas estão, por estes dias, a iniciar o novo ano lectivo.
Fui a várias do ensino regular, por estes dias, por necessidade de articulação entre estas e as escolas de ensino especializado de música.
Em todas me deparei com o cenário dantesco de professores por colocar, horários feitos à pressão para garantir a abertura do ano escolar, mas que vão dar montes de problemas e para a semana já foram todos alterados, alunos e pais descontentes com transportes, conselhos executivos com dores de cabeça por tudo e mais alguma coisa, alunos com necessidades educativas especiais que não são correctamente encaixados nas turmas, crianças problemáticas sem possibilidade de terem apoio psicológico na escola, falta de recursos humanos e materiais, sub-financiamento em geral, escolas fechadas por autarquias mas com professores colocados, e alunos à espera de ter aulas, directrizes do ME oriundos de gente de gabinete, que são tudo menos realistas, não conhecem a realidade.
Mas depois...
Veio aquela senhora dizer que "está tudo bem neste novo início de ano lectivo"...
Precisará de óculos ou é mesmo estúpida?
A quem pensa que engana?
Não há pachorra para mais mentiras deste Governo.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

11 de Setembro


Este dia é um dia estranho. Está marcado por duas acções que demonstram a que ponto pode chegar a maldade humana. Certamente lembrar-se-ão de 2001, e do ataque às torres gémeas, do World Trade Center, nos EUA.
Outros lembram-se de 1973 e do golpe de estado ocorrido no Chile, que depôs o presidente socialista eleito Salvador Allende, ficando em seu lugar Augusto Pinochet, sendo este, na verdade, um fantoche dos EUA.
De um acontecimento toda a gente fala, passou-se há menos tempo, tratou-se de um ataque terrorista, na era das tecnologias, ie, as pessoas assistiram de suas casas a tudo o que estava a acontecer em directo na televisão, como se de um filme se tratasse. Porém, o outro acontecimento, o tal de 1973, tem para nós, portugueses, um impacto maior. Talvez porque estávamos a uns escassos meses do 25 de Abril de 1974, ainda que não o soubéssemos, talvez porque também o povo chileno foi oprimido, talvez porque a resistência e a luta de uns tantos naquele país distante na América do Sul servissem de inspiração a uns tantos resistentes anti-fascismo neste nosso país.
Talvez porque...

Mundo cão, este!

Música para meio da semana...



Sempre gostei de ouvir a escrita musical de Mário Laginha. Que, aliás, continua cheio de génio, a compôr extraordinariamente bem. Na voz de Maria João, este tema de nome "Nazuk" remete-me para outras paragens. Uma Índia, no oriente, lá longe...
Encontrei esta montagem em video com imagens muito bonitas, e acabei por ficar outra vez apaixonada por este tema que já ouço há anos...

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Sobrevivências (ou um post sobre vivências)

Festa do Avante: Fantástica! Três dias de sol no meu coração.
Apesar da chuva de sexta-feira, a fraternidade, solidariedade, amizade, confraternização e camaradagem fizeram-se sentir. Foi um momento de resistência (às condições atmosféricas) que demonstrou de que matéria são feitas estas pessoas estranhas que acreditam que podem mudar o mundo.
Viagem de regresso: Horrível. Tive um acidente na A1. Um carro projectou-nos para o separador central, uma roda saltou, e andámos às voltas, até nos imobilizarmos na berma. Ninguém se magoou.
Não é uma experiência agradável. Acreditem.
Conclusão: ainda não foi desta que se livraram de mim.
Cá continuarei a viajar neste Mar sem Sal.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Aprender, aprender sempre...



Encontramo-nos na Festa do Avante!
Há tanta coisa para aprender...

Que ninguém durma..

Nessum Dorma, uma das árias mais emblemáticas da fantástica ópera "Turandot", de um dos meus compositores preferidos, Puccini. Escutada ao vivo, é ainda mais arrebatadora. Acreditem. É talvez por isso que o público, delirante, bate sempre palmas no fim desta ária, interrompendo a narrativa.
Neste video vão ouvir Placido Domingo na situação real da ópera levada à cena. Os mais curiosos poderão acompanhar a tradução do italiano para espanhol, se perceberem espanhol (o que não é muito difícil). Mas não se fiquem por uma primeira audição a olhar para as legendas, ouçam-na outra vez (só dura 3 minutos e pico), com o volume bem alto e de olhos fechados... Os vizinhos aguentam, e a vossa percepção será outra...



Em breve, quem visitar a Festa do Avante, no Seixal, vai poder assistir à interpretação desta e outras árias de ópera. Já só faltam quatro dias...

domingo, 31 de agosto de 2008

"Silêncio e tanta gente"

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou o tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

Lembram-se da Maria Guinot? Que será feito dela? Gostei tanto desta canção...

sábado, 30 de agosto de 2008

Tugolândia's Crime

Encontrei uma excelente reflexão acerca do aumento da criminalidade. Redigida pela mão do Samuel, poderão encontrá-la (a reflexão, não a mão) no seu blogue, O Cantigueiro.
Efectivamente, a meu vêr, são precisamente estas três ideias que me ocorrem, emanadas dos últimos acontecimentos (e não me refiro só aos crimes, refiro-me à esquizofrenia dos mass media em torno deste tema):
1-a criminalidade aumenta em épocas de maior crise, a História assim o indica, e é isso que está a acontecer. (Não é de espantar: a miséria aumenta, a fome aumenta, logo, o desespero aumenta. Se estivéssemos nas mesmas condições de alguns destes desgraçados, sem pão para dar aos filhos, talvez não tivéssemos a mesma perspectiva que temos neste momento, já jantados, bem instalados, e com um computador à frente);
2-a provocar esta crise está todo um sistema neo-liberal implantado quer no plano nacional, devido às políticas de direita de Sócrates, quer no plano internacional, com a especulação em torno dos combustíveis a provocar o caos planetário, guerras estratégicamente criadas por causa de eleições nos EUA, crise dos cereais, etc, etc;
3- em Portugal, tal como tem acontecido noutros países, está a ser feito um aproveitamento político evidente: para o cidadão ter a necessidade de louvar as medidas de segurança, tem de existir, primeiro, o sentimento de insegurança, e é precisamente isso que estão a conseguir criar no seio da sociedade portuguesa.

Lembro-me muitas vezes da questão das armas, na América, e do excelente documentário de Michael Moore, "Bowling for Columbine", onde a dada altura ele consegue demonstrar que o povo nos EUA vive aterrorizado, comprando compulsivamente armas para se defender, por contraste com os vizinhos canadianos. De cada vez que o Bush desce nas sondagens, lá apanham um video do Bin Laden para passar em horário nobre, principalmente nos EUA e na Europa.
Quantos de nós não vimos aumentados os nossos seguros, do automóvel ou da casa, com direito a uma cartinha enviada pela seguradora, depois dos ataques terroristas às torres gémeas do World Trade Center...

Em suma, o terrorismo foi um bom argumento para criar toda uma série de "sistemas de segurança", que permitem saber demais sobre a vida das pessoas... Tal como agora o são os assalto em Alcabideche, Campolide, Loulé, Boliqueime, Famalicão, etc, etc..., que permitirão a este Governo, com uma ajudinha da imprensa, demonstrar aos portugueses com é "útil" ao país, como está a governar bem, a proteger as pessoas, e, já agora, "votem lá outra vez em nós e esqueçam que fomos nós, com o nosso novo Código do Trabalho, com os nossos cortes na Saúde e Educação, com a nossa corrupção, com o nosso apoio incondicional ao grande capital... que fizémos com que vocês chegassem a essa situação"...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Música para o Fim-de-Semana

Aqui fica um "rebuçado" para aguçar o apetite daqueles que não vivem sem esta nobre arte que é a música. É por demais conhecida esta ária da "Carmen", mas é sempre bom ouvi-la bem tocada e bem cantada como é o caso deste excerto em vídeo. Magnífica interpretação da Teresa Berganza no papel de Carmen, numa produção do ano longínquo de 1980.
(Vamos poder ouvir esta ária muito em breve, na Festa do Avante!, logo na sexta-feira dia 5 de Setembro. Até lá, vão aprendendo a letra para poderem fazer o côro que faz o contraponto à solista. Não custa tentar. Vá lá: "l'amour...)



Habanera


L'amour est un oiseau rebelle
que nul ne peut apprivoiser,
et c'est bien en vain qu'on l'appelle,
s'il lui convient de refuser.
Rien n'y fait, menace ou prière,
l'un parle bien, l'autre se tait;
et c'est l'autre que je préfère:
il n'a rien dit, mais il me plait.
L'amour !


L'amour est enfant de bohème,
il n'a jamais connu de loi:
Si tu ne m'aimes pas, je t'aime;
si je t'aime, prends garde à toi!

L'oiseau que tu croyais surprendre
battit de l'aile et s'envola -
l'amour est loin, tu peux l'attendre;
tu ne l'attends plus, il est là!

Tout autour de toi vite, vite,
il vient, s'en va, puis il revient -
tu crois le tenir, il t'évite,
tu crois l'éviter, il te tient.
L'amour !

L'amour est enfant de bohème,
il n'a jamais connu de loi,
si tu ne m'aimes pas, je t'aime;
si je t’aime, prends garde à toi!
Si tu ne m'aimes pas, je t'aime,
si je t'aime, prends garde à toi!


quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Voltei, oh não!!! Cá vai a 200ª mensagem...

Cum catano!
Não posso deixar-vos uns dias, começam logo a combinar sopas de pedra sem mim. Umpf!!
Pois tenho a dizer-vos o seguinte:
espero ansiosamente por uma magnífica festa que vai decorrer de 5 a 7 de Setembro, na Amora, Seixal. Até já vi umas fotos da sua montagem. Chama-se FESTA DO AVANTE! e, durante três dias, é o local mais bonito deste país,
é o sítio onde me sinto melhor, onde vou buscar tantas e tantas energias para voltar à luta do dia a dia, é mesmo uma festa muito especial, e só depois de se lá ir é que se tem a noção do que aquilo é. Infelizmente, nem toda a gente gosta desta festa, e todos os anos se assiste a uma tentativa de desmobilização dos possíveis visitantes, e para isso vale tudo, desde fazer leis que actuam especificamente contra a Festa, até contar mentiras. Esclarecedor o post do Cravo de Abril sobre esta matéria.
Entretanto, enquanto não chega a Festa, vou dar uma volta à Feira de S. Mateus, em Viseu (que não lhe chega aos calcanhares...aliás, parêntesis dentro do parêntesis, nem fica bem fazer comparações.) Só lá vou porque vou muito bem acompanhada.
E Pronto! Voltei!

sábado, 23 de agosto de 2008

Poema roubado por aí


Poema da flor proibida

Por detrás de cada flor
há um homem de chapéu de coco e sobrolho carregado.

Podia estar à frente ou estar ao lado,
mas não, está colocado
exactamente por detrás da flor.
Também não está escondido nem dissimulado,
está dignamente especado
por detrás da flor.

Abro as narinas para respirar
o perfume da flor,
não de repente
(é claro) mas devagar,
a pouco e pouco,
com os olhos postos no chapéu de coco.

Ele ama-me. Defende-me com os seus carinhos,
protege-me com o seu amor.
Ele sabe que a flor pode ter espinhos,
ou tem mesmo,
ou já teve,
ou pode vir a ter,
e fica triste se me vê sofrer.

Transmito um pensamento à flor
sem mover a cabeça e sem a olhar
De repente,
como um cão cínico arreganho o dente
e engulo-a sem mastigar.



Poema de António Gedeão, Obra Poética, Edições João Sá da Costa, 2001.
Foto de uma camélia do meu jardim. E vou dizer como a Maria: vou ali e já volto!
Bom fim de semana.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Andei por aqui e por ali...

Por uns dias deixei a net descansadinha e lá fui eu, por aqui e por ali, por estes "caminhos de Portugal". De vez em quando aparecem cartazes, sinais de trânsito e avisos muito originais, que imagino só serem possíveis neste nosso país do "desenrasca". Há dias vi um aviso numa montra de Peso da Régua que dizia algo como "Temos agulhas para desentupir os bicos de fogões a gás" (lol), e no início de Agosto, de visita a uma terra portuguesa com bastante saída turística, o Marvão, havia um sinal de trânsito que dizia "Zona histórica", onde o estacionamento era proibido "excepto nos (poucos) locais autorizados".



Achei piada, sobretudo, aos parêntesis... Imaginam os ingleses a colocar um sinal de trânsito a dizer "Except in the (few) authorized places" ou os franceses a dizer "à l'exception des (peu nombreux) endroits autorisés"...???

Nós, portugueses, somos assim: vamos avisando logo que os lugares são poucos, por isso é melhor deixar o carro já aí, e não o levar para a zona histórica...
Somos amigos, não somos?

:)))

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Recordar Federico Garcia Lorca


Se as minhas mãos pudessem desfolhar

Eu pronuncio teu nome
nas noites escuras,
quando vêm os astros
beber na lua
e dormem nas ramagens
das frondes ocultas.
E eu me sinto oco
de paixão e de música.
Louco relógio que canta
mortas horas antigas.

Eu pronuncio teu nome,
nesta noite escura,
e teu nome me soa
mais distante que nunca.
Mais distante que todas as estrelas
e mais dolente que a mansa chuva.

Amar-te-ei como então
alguma vez? Que culpa
tem meu coração?
Se a névoa se esfuma,
que outra paixão me espera?
Será tranqüila e pura?
Se meus dedos pudessem
desfolhar a lua!!

...assassinado neste mesmo dia, 19 de Agosto de 1936, ou seja, há 72 anos.

domingo, 17 de agosto de 2008

Palavras para ficar calada

Este mundo, às vezes... dói-me.


Hoje deitei-me ao lado da minha solidão.
O seu corpo perfeito, linha a linha

derramava-se no meu, e eu sentia

nele o pulsar do meu próprio coração.

Moreno, era a forma das pedras e das luas.
Dentro de mim alguma coisa ardia:
o mistério das palavras maduras
ou a brancura de um amor que nos prendia.

Hoje deitei-me ao lado da minha solidão
e longamente bebi os horizontes.
E longamente fiquei até ouvir
o meu sangue jorrar na voz das fontes.


Poesia de Eugénio de Andrade, As Mãos e os Frutos, 1948
Quadro de Picasso, Fernande à la mantille noire, 1905-1906

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Música na Voz

Quando a ouço cantar quase não consigo respirar. Tudo o que ela canta é perfeito, sôa perfeito. Trata-se de Renée Fleming, uma cantora excepcional dos nossos tempos. Esta obra, a ária das Bachianas Brasileiras - n. 5, do compositor Heitor Villa Lobos, é por demais conhecida. Já a cantei algumas vezes, mas continuo à procura desta perfeição.

"Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente.
Sobre o espaço, sonhadora e bela!
Surge no infinito a lua docemente,
Enfeitando a tarde, qual meiga donzela
Que se apresta e a linda sonhadoramente,
Em anseios d'alma para ficar bela
Grita ao céu e a terra toda a Natureza!
Cala a passarada aos seus tristes queixumes
E reflete o mar toda a Sua riqueza...
Suave a luz da lua desperta agora
A cruel saudade que ri e chora!
Tarde uma nuvem rósea lenta e transparente
Sobre o espaço, sonhadora e bela!"


quinta-feira, 14 de agosto de 2008

PCP processa CMViseu - para quem não viu

Aqui fica o video com a notícia que poderia ter sido evitada, se a Câmara Municipal de Viseu cumprisse a LEI.
Mas não o fez!
Porque será??? Porque é que a Festa do Avante! os incomoda tanto?


Cliquem AQUI.

E hoje ainda quero dizer mais uma coisa:

"Sodade"
(para acompanhar o estado de espírito...)

Saudades...


Isto não é estar saudosista, mas uma troca de emails levou a um estado de espírito mais... meditativo...
Que fazer às saudades?
1- ignorá-las, esquecê-las?
2- deixá-las à solta, independentemente dos estragos que provoquem?
2- metê-las num saco e atirá-las ao mar?
4-...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Viseu: o "Fascistão" de Ruas


Aí estão as últimas.. PCP processa Câmara Municipal de Viseu.
Afinal, essa coisa da "democracia" é coisa que não diz nada a Fernando Ruas. Este autarca parece comportar-se como se o concelho fosse a sua coutada. A última foi a ordem de retirar todos (sim, todos!) os cartazes do PCP alusivos à Festa do Avante, que se encontravam espalhados pela cidade. Com a inauguração da feira de S. Mateus à porta, Fernando Ruas quis "varrer" os comunistas da cidade, preocupado, possivelmente, com futuras eleições...
Espero que nestas ordens, oriundas do seu gabinete, não venha incluída nenhuma perseguição "à pedrada" dos comunistas, à semelhança do que disse em tempos a propósito dos fiscais do Ministério do Ambiente, senão... estou feita ao bife....

Voltei!!!

Cá estou eu, de volta à blogosfera, depois de umas boas férias em local incógnito (não fossem os meus fãs perseguir-me) :))))
Então e vocês? O que é que contam?
Quais são as novidades?

Boa semana para todos.

domingo, 3 de agosto de 2008