sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2012 - o ano da maior luta de sempre

Aí vem 2012. Estamos a umas escassas horas.
Precisamos, pois, fazer o balanço do que foi 2011, do que ganhámos, do que perdemos...
E o que perdemos foi muito.... foi imenso.
Nunca os portugueses tinham perdido tanta da sua soberania, como com a entrada em vigor das "regras" do FMI. Comparável, só a perda de soberania para os espanhóis, os Filipes, em longínquos séculos que já lá vão... Mesmo aí, não sei... Ainda comíamos as alfaces que plantávamos, e agora...

Mas se o que perdemos foi muito... é assustador pensar no que perderemos em 2012.
Vamos pagar tudo mais caro. E quando se diz "tudo" é mesmo "tudo": saúde, educação, transportes, energia, água, deslocações, impostos... A lista, geral ou detalhada, é imensa. Não pára de crescer. Como o desemprego.

Porém 2012 também pode ser um ano de esperança. Se conseguirmos levar para a frente a luta necessária. Juntos, como tem de ser, senão não há forças para um desafio tão grande. Colectivamente desenvolveremos a maior luta de sempre.

2012 aí está: venha ele, repleto de esperança e força.

Vamos à LUTA.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Do vazio e outros pesadelos

De nada me servem as aves que voam
Não voam por mim,
não me levam consigo.

De nada me servem as mãos que abro
os braços que estendo
as pontes que atravesso
contigo.

De nada, de absolutamente nada
me servem os olhos,
a voz.
Não são nada.

De nada me servem os dias e as noites
que me arrastam pela vivência insípida das acções,
dos objectos, dos compromissos,
das responsabilidades,
das coisas todas.

De nada me servem já,
se sou apenas uma pedra deixada
abandonada
neste caos.

domingo, 11 de dezembro de 2011

a fragilidade

o domingo não foi feito
para ser claro
nem distante
é um dia cinzento
de fragilidade
fragil
idade
que comprime nas veias
(nas minhas?)
o seu efémero pulsar.

o domingo não foi feito
para ser esquecido,
então porque teimo?
porque olho estas árvores
imensas
e longínquas?

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

viva à GREVE GERAL

Vamos usar a nossa FORÇA... PARA LUTAR!






VIVA À (JÁ) GRANDE GREVE GERAL DE 24 DE NOVEMBRO!!!!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

poema em dia de chuva

Quis o destino que se abatesse em meu corpo uma doença.
Está para aqui a estrabuchar... E nas "abertas" lanço-me a um livro, ao computador, à procura de qualquer coisa. De respirar. Ver coisas.
Às vezes fico só assim, meia instável... à espera que o tempo passe. E Há bocado, num desses desatinos, estive a ler poesia. E li uma muito bonita. Que aqui vos deixo.

É de autoria do amigo António Lains Galamba.

Os Lírios Debruçados


"amo como nunca amei.
o coração das flores, os lírios debruçados na tua ausência
amo os caminhos que nos separam
porque permitem o «nós» e o difícil acesso.
gosto dos dedos caninos que acenam desatenções
pelo meio das más línguas do mundo."


Bem bonita.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O fio pendurado na árvore




Este país está por um fio. Já não é o fio dental em que se havia transformado a tanga de outros tempos, quando as vacas ainda estavam no início do regime... Não. O fio dental lá continua... Este fio de que vos falo, é o fio que está ali pendurado na árvore da troika, e que todos os dias avistamos da janela de nossa casa, ou pelo retrovisor do automóvel... É um fio forte: constituído por teias sedosas, finas, cortantes... É um fio comprido: pendurado está, sem no entanto tocar no chão. Balança suavemente, muito suavemente, quando um vento de revolta lhe passa perto... mas não o suficiente para o fazer tombar... Este fio espera-nos. Ameaçadoramente. Colocaremos nossa cabeças uma por uma, (como nossos pobres países... um por um) e tombaremos liquidados, enforcados, silenciosos... os nossos corpos vão jazer por terra e empurrar-nos-ão para dar lugar a outro... Não sem antes nos roubarem as vestes, os relógios, as jóias (se ainda havia alguma), e os dentes de ouro. Depois tiram-nos dali. Já não servimos para nada.
E o fio lá continuará, implacável. Liquidando.
Triste sina esta, de servir de alimento... aos mercados...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Rosto dos dias

Tentei escrever-te um poema,
mas parei de respirar.
Quando tentava desfazer as malas
após a viagem
da minha inconsciência,
ouvi o ruído longínquo,
que me fez ficar imóvel,
a pensar o que seria:
uma provocação,
ou uma serra eléctrica
a atravessar o vazio?
Nada mais.
Só a imagem de um rosto no espelho,
e este cansaço bruto,
e este surdo sentimento mudo
de um corpo que não obdece,
mas que usurpou toda a energia.
Como se o dia
subitamente
tivesse arrefecido.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A Troika e a LUTA

Não, não é uma peça de teatro com este nome. É apenas um causa e uma consequência. É claro que podem ser invertidas, estas duas. Afinal, a Troika é uma consequência directa de muita gente não ter partido para a Luta quando o devia ter feito. Agora acordamos todos os dias com este pensamento: o que é que vão inventar hoje?, e dá-nos uma terrível angústia pensar que estamos à mercê de objectivos tão obscuros.
O que é que falta retirar aos portugueses? horas de descanso? ordenado? Subsidios de natal? a saúde? a escola publica? os transportes (a mobilidade, seja ela por carro, por comboio, ou metro?), a dignidade?
A luta é o posto disso tudo. A Luta é aquele momento especial do dia - de um dia qualquer, ou de um dia de greve - em que pensamos "estou a lutar por mim, pelos meus filhos, pela minha dignidade, custe o que custar".
Mas o melhor dia de todos é aquele em que se faz greve pela primeira vez. Ou em que se vota naquele partido que lá em casa todos temem - mas que eu sei que pode mudar o mundo.
Por isso, à Troika respondemos com Luta. Porque a primeira é o fim da nossa dignidade, e a segunda o princípio da mesma.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

reflexão sem tempo

Derruba uma floresta esmaga cem
Homens,
Mas tem um defeito
- Precisa de um motorista

O vosso bombardeiro, general
É poderoso:
Voa mais depressa que a tempestade
E transporta mais carga que um elefante
Mas tem um defeito
- Precisa de um piloto.

O homem, meu general, é muito útil:
Sabe voar, e sabe matar
Mas tem um defeito
- Sabe pensar

(Bertold Brecht)

Houve um tempo em que tinha tempo para tudo. Agora não tenho tempo para nada.
A falta de tempo é um problema que ameaça a minha vida.
É um verdadeiro problema.
Quando é que terei tempo para ter tempo?
Por agora deixo-vos o Brecht. Nosso companheiro intemporal.

domingo, 23 de janeiro de 2011

A HORA É DE LUTA E DE MUDANÇA


VIVA FRANCISCO LOPES!
Eu já votei, porque:

acredito na Liberdade
acredito no Futuro
acredito na Esperança
acredito na Mudança
acredito na Igualdade entre os homens
acredito na Justiça
acredito na Paz
acredito na Força das convicções
para mudar o mundo.

E tu? Acreditas?
VOTA FRANCISCO LOPES!
O voto certo na mudança necessária!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

3 anos a blogar



O Mar sem Sal faz hoje 3 anos!!!
Tanta coisa aconteceu neste tempo...
Mas algumas coisas nunca mudam: a vontade de mudar o mundo!
A melhor prenda que me podem dar é votar no Francisco Lopes no próximo dia 23!
Com confiança!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Memória Curta

Memória curta, nunca!



Outro exemplo.




E a contrapor a este crom... esta coisa que temos tido como PR, alguém que pode fazer a diferença, apoiado pelo único partido diferente de todos os outros.



COM CONFIANÇA, O MEU VOTO VAI PARA FRANCISCO LOPES!