sábado, 6 de dezembro de 2008

Poema roubado por aí

Quando as palavras me faltam, falo pela boca de outros.
E deixo que outros leiam o que não fui eu a pensar ou escrever, mas que sinto por inteiro como meu: a dor, a tristeza, e um imenso abraço amigo a quem sabe que este post é para si.


"Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos humedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo."

de Olavo Bilac

9 comentários:

Maria disse...

E porque também me faltam as palavras, deixo-vos aqui um abraço muito apertado, sabendo que os nós que temos nas gargantas se desatarão um dia...

Distribui os meus abraços, Sal.
Um beijinho para a M.
Um grande para ti.

GR disse...

As "tuas" palavras dizem tudo.

Um forte e Solidário beijo,

Para ti camarada e Amiga, para o C e M.

GR

Anónimo disse...

imenso e apertado abraço, para ti e tuas gentes!
vovó Maria

Sérgio Ribeiro disse...

As tuas "etiquetas" dizem poesia, tristeza. Acrescento regresso. Aos poucos a vida retoma o seu rumo.
Convosco estamos!
Beijos

Fernando Samuel disse...

Belo, o texto; belo o Poema.

Obrigado.

Um beijo.

samuel disse...

Como já disse, "porque nenhum de nós anda sozinho..."

Grande abraço!

duarte disse...

um abraço solidário e fraterno.
duartenovale

Lúcia disse...

Abraço grande e caloroso aos que estão doridos. Mas nunca sós.

Beijinhos, Sal

caminhante disse...

um abraço...