Quando o Magalhães saiu tentei não falar muito dele, porque para mim, não passa de mais uma das muitas artimanhas deste Governo hipócrita, que, com uma mão dá um presente envenenado, e com a outra atrás das costas, esconde as verdadeiras razões que o move, nesta busca incessante pela formatação ideológica desde criancinhas, criando a nescessidade artificial de um aluno de I ciclo ter computador.
Reparem que me refiro a crianças dos 6 aos 9 anos, que, com essas idades, precisam é de brincar, aprender artes, fazer desporto, estar com a família em horários decentes, etc,etc.
Claro que isso não impede que tenham contacto com computadores, certo. Fazem parte da nossa realidade, mas... que interessa um Magalhães a uma criança que nem saneamento básico tem em casa? Que interessa um magalhães a uma criança num país onde os seus pais, desempregados, têm de se submeter a qualquer tipo de exploração laboral para garantir um mínimo de orçamento em casa para sobreviver?
Não querendo comparar o Magalhães com um Ferrari (seria ofensivo para o Ferrari) mas... que é que interessa ter um Ferrari, e ter de ir pedir a sopa dos pobres todos os dias?
Ainda assim, já que querem por o "bichinho" nas mãos das crianças, que o façam de forma democrática e justa. Ora... mais uma vez, não é isso que acontece...
Recebi uma notícia por email que demonstra, uma vez mais, que este governozito só anda aqui para enganar a malta!!!
E passo a citar:
Ministério nega discriminação de alunos com deficiências e diz que está a trabalhar nas adaptações necessárias para que os portáteis possam ser utilizados por estes estudantes, mas não avança prazos para a distribuição. Reacções dividem-se entre a satisfação e as críticas pela demora
O secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, garantiu ontem ao DN que a maioria dos alunos com deficiências - como a cegueira e paralisia, que os impedem de operar os computadores Magalhães - "vai receber" estes portáteis já adaptados às suas necessidades, mas não se comprometeu com prazos para as respectivas entregas.
Confrontado com algumas acusações de discriminação a estes alunos que têm circulado na "blogosfera", o governante começou por criticar... os críticos: "Houve quem dissesse que os alunos com deficiências não recebem o Magalhães, o que é falso", disse. "Se o pedirem, recebem-no. O que se passa é que há estudantes com deficiências que os impedem de poder utilizar a versão disponível, o que implica adaptações que levam tempo."
Segundo Valter Lemos, estas adaptações já foram feitas com os portáteis do programa E-escolas, para os estudantes do 3.º ciclo e secundário (o Magalhães é para o 1.º e 2.º ciclos), embora também com demoras. "Já foram entregues portáteis do E-escolas preparados para alunos deficientes", contou. "Ainda não foram satisfeitos todos os pedidos, mas o E--escolas é um programa que não acaba e vão surgindo novas solicitações."
Em relação ao Magalhães, admitiu o secretário de Estado, há "dificuldades" relacionadas não só com a dimensão reduzida dos portáteis mas também com o facto de estes "virem com software educativo, enquanto os computadores do E-escolas só têm o software operativo".
Mas, segundo garantiu o governante, "os serviços responsáveis do Ministério estão a trabalhar com as empresas no sentido de fazer as adaptações necessárias". Algumas das alterações, "como a substituição do texto por voz e o teclado adaptado , serão feitas com facilidade". Outras, reconheceu Valter Lemos, poderão ser impossíveis: "Não sei se existe tecnologia que possa ser adaptada ao Magalhães para responder a todos os desafios", disse.
Ainda assim, a promessa foi recebida com agrado pelas entidades que apoiam estes cidadãos. Para António Matos Almeida, da Associação portuguesa de Deficientes, " todos os instrumentos de trabalho, incluindo este computador, devem ser acessíveis a todas as pessoas com deficiências de modo a que todas as crianças estejam em condições de igualdade". Já Fernando Santos, da Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal, lembrou que "é possível colocar em qualquer computador o programa para adaptar o sistema a deficientes invisuais".
Por outro lado, Vítor Gomes, responsável pela Federação Nacional dos Professores para o ensino especial, defendeu que "isto deveria ter sido pensado logo no início. Se era para todos os alunos de escolaridade obrigatória, é estranho só agora ser adaptado para estes alunos com necessidades educativas especiais". (...)
O Ajudas.com em conjunto com os autores de software premiado em Portugal pelo Ministério da Educação e pela Microsoft (Autores dos pacotes A Cabana do Papim), desenvolvido para crianças com Necessidades Especiais ,OFERECEU instalações GRATUITAS no MAgalhães em Setembro de 2008.
Até agora nada foi feito, nenhum dos autores contactado e nenhuma explicação foi dada.
Parece-nos que nem o que é feito com o apoio da "prata da casa", nem premiado pelo próprio ministério interessa...
6 comentários:
É um enorme propaganda, ponto final.
E há tolos que ainda comem destas papas...
Beijinho, sal
São uns aldrabões! Em tudo...
Abreijo
No que toca aos cegos basta adicionar um leitor de ecrã e há muitos no mercado.
o que é isso de deficientes invisuais, ou seja, defcientes não visuais?que raio de português é esse? Só conheço cegos ou pessoas com deficiência visual. aliás, a terminologia para estes casos deve ser pessoas com deficiência porque aqui deficiente é o Magalhães.
Pois... o "Magalhães" não faz jus nem ao nome, nem ao país, nem a nada! Como sempre, propaganda...
Bem disse eu que era o Mogalhões!
Beijitos
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