terça-feira, 7 de julho de 2009

Precisão


O que me tranquiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.

11 comentários:

Maria disse...

E eu também gosto!
E pensava que andava sozinha por aqui a esta hora, afinal...
Escolheste um belo poema de Clarice Lispector.

Beijinhos aí

Anónimo disse...

O poema é bonito, mas a realidade é
outra! O Einstein também pensava assim, mas veio o Heisenberg e partiu tudo com a Fisica Quantica!
Afinal a "perfeição" não existe e Deus joga mesmo aos dados.

Sal disse...

A perfeição não existe mas procura-se.

E já agora, anónimo, Deus existe? Ou será fruto da Física Quântica?

Sal disse...

Anónimo:
Sempre me saíste um padreco dos diachos! Qualquer dia ainda voltas a dar catequese...
(Vai mas é dormir enquanto não tens "clientes")

Beijinhos para ti e para as tuas...

LuNAS. disse...

Também gosto muito. É d euma clarividência notável. E fazer destas interrogações poesia...
Beijos a todos

duarte disse...

unsaltsea
eu tb busco a perfeição,mas ela é sempre quase...
no meio do caos e das certezas e das incertezas, vamos caminhando...
abraço do vale

Anónimo disse...

eheheh, vou dormir já de seguida!
Uma que aprendi na "catequese" é
que Deus não dorme, será verdade?

samuel disse...

A perfeição é um estado de espírito...

Abreijo.

Sal disse...

Ó Anónimo... Deus não dorme?
Deves estar a brincar.
Quando morrem milhões de crianças com fome achas que Deus não está a dormir? E deve ter um sono bem pesado....
bjs

Medronheiro disse...

Há dois deuses em quem eu acredito: Baco na civilização romana e Dionísio na civilização grega. o resto é conversa de padrecos.

Zorze disse...

Se não dormirmos, morremos.
Se dormirmos, não vivemos.

Gostei de sobremaneira do poema. Tem fundo.

Beijos,
Zorze