“Quando descobrimos aquilo de que somos feitos e a maneira como somos construídos, descobrimos um processo incessante de construção e destruição e apercebemo-nos de que a vida está à mercê desse processo interminável. Tal como os castelos de areia das praias da nossa infância, a vida pode ser levada pela maré.”
António Damásio, O Sentimento de Si (1999)
sábado, 23 de maio de 2009
Grande Marcha
Juro que gritarei pela liberdade, E que não abrirei mão de a conquistar, Em plenitude, Com confiança. Hoje é o dia da nossa marcha. Hoje é o dia de luta. E amanhã? Amanhã a luta irá continuar.
Daqui a bocado lá estaremos. Nos dias seguintes continuaremos a estar. Porque é essa a nossa maneira de estar na vida... e não é teimosia, é confiança!
Anda por ai muita “gente” com argumentos (que de argumento não tem nada), afim desvalorizarem a marcha de 23 Maio, da CDU, aquela em que estiveram 85.000 pessoas, que sabem para onde caminham... Uma marcha nacional, em prol de quem trabalha e de quem todos dias assiste ao roubo e tentativas de roubo dos seus direitos, a fim de serem beneficiados muito poucos, mas em muito...
Nao tenho o hábito de responder aos comentadores, a nao ser em casos excepcionais. Gostaria de esclarecer que, na minha opiniao, nao há "comunistas mais ou menos" seja o que fôr. Ou se é ou se não é. E quem se diz ser deve avaliar bem se realmente o é, podendo estar a enganar todos, e pior ainda a enganar-se a si próprio. Quanto áquilo que alguns chamam de ortodoxia eu chamo de firmeza ideológica. E esta é comum quer aos mais novos quer aos mais velhos comunistas. Lamento nao concordar. Acho que o Bernardino Soares é um dos melhores deputados do Parlamento português, a par de outros, como o Miguel Tiago, só para citar um bem novinho, mas cheio daquilo que faz tanta impressão a muita gente: firmeza, convicçoes, princípios ideológicos. Boa semana a todos.
Sou da mesma opinião. Não existem comunistas mais ou menos; muito menos comunistas mais ou menos renovadores. Ou se é comunista ou não é. Bernardino Soares deu uma excelente réplica contra Vitalino Canas, na Sic Notícias, num debate sobre as supostas agressões a Vital Moreira. É um camarada imprescindível. "Ortodoxia" é outra palavra ou conceito muito usado pelo PS, PSD, PP, BE e, ao que parece, "mais ou menos renovadores". Não existe ortodoxia. Aqui, estou de acordo com Sal. Existe, sim, firmeza ideológica, ou seja, não abandonamos os nossos princípios. Não vendemos os nossos ideais. Somos firmes. E já agora, com uma manifestação de 85 mil pessoas, que encheu o Campo Pequeno até ao Marquês Pombal, vamos lá! Isso não tenhamos dúvidas. Assim vamos lá!
Ao Comunista mais ou menos renovador: Defina-me o conceito de ortodoxia que vai no seu pensamento, s.f.f.; Só desta “forma” é que podemos perceber o alcance das suas palavras, a não ser que utilize este termo como uma pré-formatação do “pensamento”, de forma a trancar o seu próprio pensamento e o dos outros... Se for este caso, tranque o seu pensamento à vontade, mas deixe que os outros exerçam o direito que têm de utilizar a sua “razão” sem ter que esbarrar em pré-formatações que não têm conteúdo.
Sal e Nunes: Infelizmente estão enganados, pois existem comunistas mais ou menos, são aqueles que por algum motivo tiveram oportunidade de “conviver” com o ideal comunista e até absorveram o seu “conteúdo”; No entanto para ser comunista não basta querer, é preciso assumir a condição de ser comunista (Ter “conhecimentos” a fim de poder argumentar no seu dia a dia, quando estão perante adversidades; não ter medo de assumir o que se é perante seja quem for; ter condições humanas para através da sua forma de estar, quer na vida profissional como pessoal, demonstrar o estado de “consciência” que possui, ...); Quanto a renovadores, é uma forma de poder refugiar-se durante uma “discussão” e conveniências... e não ficar de “consciência pesada” quando por qualquer motivo têm que atraiçoar a sua própria consciência...
Se é necessário assumir a condição de ser comunista, o "mais ou menos" não existe. Ou se é ou se não é. O comunismo não precisa de renovação. Precisa, sim, de união. Dizer "Assim não vamos lá!" depois daquilo que muitos presenciaram no sábado passado e que não foi transmitido pelos canais ou noticiado pelos jornais, é uma provocação.
15 comentários:
Daqui a bocado lá estaremos.
Nos dias seguintes continuaremos a estar. Porque é essa a nossa maneira de estar na vida... e não é teimosia, é confiança!
Beijinhos e boa viagem até cá
Até logo!
Um beijo.
Tive pena de não te reconhecer porque bem olhei para o sector de Viseu!
Mas lá estivemos isso é que conta!
beijos
Infelismente não pude lá estar, por imperativos profissionais.
Mas estivemos lá, valeu.
Um beijo
Lá estive, com as dezenas de milhar de camaradas e amigos e com a minha companheira de sempre...
Bem, com aS minhaS companheiras de (e para)sempre!
Anda por ai muita “gente” com argumentos (que de argumento não tem nada), afim desvalorizarem a marcha de 23 Maio, da CDU, aquela em que estiveram 85.000 pessoas, que sabem para onde caminham...
Uma marcha nacional, em prol de quem trabalha e de quem todos dias assiste ao roubo e tentativas de roubo dos seus direitos, a fim de serem beneficiados muito poucos, mas em muito...
Foi uma grande marcha. Entre o Campo Pequeno e o Marquês de Pombal, esteve a esperança deste país. Valeu mesmo a pena lá estar.
Foi bonita a festa pá!
Fiquei contente
E ainda guardo renitente,
um velho cravo para mim!
Já murcharam a tua festa pá!
Mas certamente,
esqueceram uma semente,
nalgum canto do jardim!
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar...
Sei tambem quanto é preciso pá
Navegar, navegar...
Canta a primavera pá
Cá estou carente
Manda novamente
Algum cheirinho de alecrim...
Chico Buarque - Tanto mar
Lá estivemos todos. Só não foram as cadelas.
Foi bom estar convosco, naquele mar de gente!
O que e absolutamente impressionante é a ortodoxia dos mais novos comunistas.
OU seja, Bernardino Soares é um dos deputados mais «velhos» do parlamento.
Assim nao vamos lá!
Nao tenho o hábito de responder aos comentadores, a nao ser em casos excepcionais.
Gostaria de esclarecer que, na minha opiniao, nao há "comunistas mais ou menos" seja o que fôr.
Ou se é ou se não é. E quem se diz ser deve avaliar bem se realmente o é, podendo estar a enganar todos, e pior ainda a enganar-se a si próprio.
Quanto áquilo que alguns chamam de ortodoxia eu chamo de firmeza ideológica. E esta é comum quer aos mais novos quer aos mais velhos comunistas. Lamento nao concordar. Acho que o Bernardino Soares é um dos melhores deputados do Parlamento português, a par de outros, como o Miguel Tiago, só para citar um bem novinho, mas cheio daquilo que faz tanta impressão a muita gente: firmeza, convicçoes, princípios ideológicos.
Boa semana a todos.
Sou da mesma opinião. Não existem comunistas mais ou menos; muito menos comunistas mais ou menos renovadores. Ou se é comunista ou não é.
Bernardino Soares deu uma excelente réplica contra Vitalino Canas, na Sic Notícias, num debate sobre as supostas agressões a Vital Moreira. É um camarada imprescindível.
"Ortodoxia" é outra palavra ou conceito muito usado pelo PS, PSD, PP, BE e, ao que parece, "mais ou menos renovadores".
Não existe ortodoxia. Aqui, estou de acordo com Sal. Existe, sim, firmeza ideológica, ou seja, não abandonamos os nossos princípios. Não vendemos os nossos ideais. Somos firmes.
E já agora, com uma manifestação de 85 mil pessoas, que encheu o Campo Pequeno até ao Marquês Pombal, vamos lá! Isso não tenhamos dúvidas. Assim vamos lá!
Ao Comunista mais ou menos renovador:
Defina-me o conceito de ortodoxia que vai no seu pensamento, s.f.f.;
Só desta “forma” é que podemos perceber o alcance das suas palavras, a não ser que utilize este termo como uma pré-formatação do “pensamento”, de forma a trancar o seu próprio pensamento e o dos outros...
Se for este caso, tranque o seu pensamento à vontade, mas deixe que os outros exerçam o direito que têm de utilizar a sua “razão” sem ter que esbarrar em pré-formatações que não têm conteúdo.
Sal e Nunes:
Infelizmente estão enganados, pois existem comunistas mais ou menos, são aqueles que por algum motivo tiveram oportunidade de “conviver” com o ideal comunista e até absorveram o seu “conteúdo”; No entanto para ser comunista não basta querer, é preciso assumir a condição de ser comunista (Ter “conhecimentos” a fim de poder argumentar no seu dia a dia, quando estão perante adversidades; não ter medo de assumir o que se é perante seja quem for; ter condições humanas para através da sua forma de estar, quer na vida profissional como pessoal, demonstrar o estado de “consciência” que possui, ...); Quanto a renovadores, é uma forma de poder refugiar-se durante uma “discussão” e conveniências... e não ficar de “consciência pesada” quando por qualquer motivo têm que atraiçoar a sua própria consciência...
Se é necessário assumir a condição de ser comunista, o "mais ou menos" não existe. Ou se é ou se não é.
O comunismo não precisa de renovação. Precisa, sim, de união.
Dizer "Assim não vamos lá!" depois daquilo que muitos presenciaram no sábado passado e que não foi transmitido pelos canais ou noticiado pelos jornais, é uma provocação.
Enviar um comentário