“Quando descobrimos aquilo de que somos feitos e a maneira como somos construídos, descobrimos um processo incessante de construção e destruição e apercebemo-nos de que a vida está à mercê desse processo interminável. Tal como os castelos de areia das praias da nossa infância, a vida pode ser levada pela maré.” António Damásio, O Sentimento de Si (1999)
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
11 de Setembro
Este dia é um dia estranho. Está marcado por duas acções que demonstram a que ponto pode chegar a maldade humana. Certamente lembrar-se-ão de 2001, e do ataque às torres gémeas, do World Trade Center, nos EUA.
Outros lembram-se de 1973 e do golpe de estado ocorrido no Chile, que depôs o presidente socialista eleito Salvador Allende, ficando em seu lugar Augusto Pinochet, sendo este, na verdade, um fantoche dos EUA.
De um acontecimento toda a gente fala, passou-se há menos tempo, tratou-se de um ataque terrorista, na era das tecnologias, ie, as pessoas assistiram de suas casas a tudo o que estava a acontecer em directo na televisão, como se de um filme se tratasse. Porém, o outro acontecimento, o tal de 1973, tem para nós, portugueses, um impacto maior. Talvez porque estávamos a uns escassos meses do 25 de Abril de 1974, ainda que não o soubéssemos, talvez porque também o povo chileno foi oprimido, talvez porque a resistência e a luta de uns tantos naquele país distante na América do Sul servissem de inspiração a uns tantos resistentes anti-fascismo neste nosso país.
Talvez porque...
Mundo cão, este!
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7 comentários:
e os autores dos dois crimes não serão os mesmos?!...
e os autores dos dois crimes não serão os mesmos?!...
O que faz a semelhança das duas datas é que ambos os actos de terror tiveram a mesma origem...
Um beijo.
... e objectivamente, serviu aos mesmos.
Abreijos
Sal
Já o disse - dia de luto este. A quer ponto pode chegar a malvadez humana seja lá pelos motivos que sejam.
E o Chile vai continuar traumatizado.
Beijinhos
Olá Sal,
A escola é a mesma e os professores também.
Palavras para quê?
Um Abraço
Que não se nos apague a memória.
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