segunda-feira, 30 de junho de 2008

De Miguel Torga, com súplica...

Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.


Miguel Torga porque sim, porque me apetece...
Ou porque o calor me faz ter sede...

6 comentários:

Fernando Samuel disse...

Tudo está bem (ou para lá caminha) quando nos apetece Torga...

Um beijo amigo.

Anónimo disse...

Sim! Porque não Torga? E ainda por cima com Súplica!

GR disse...

Torga ajuda-nos a pensar.
Lindo!

bjs,

GR

Maria disse...

... ou apenas Torga porque sim....
Obrigada, Sal. É bom poder ler-vos, a todos...

Beijinhos

samuel disse...

Porque sim, foi sempre uma grande razão para... sobretudo quando!
Viva o Torga!

Abreijos

Lúcia disse...

Bem bonito!
Que bem que faz ler isto...
E que sacies a sede:)
Beijinhos