“Quando descobrimos aquilo de que somos feitos e a maneira como somos construídos, descobrimos um processo incessante de construção e destruição e apercebemo-nos de que a vida está à mercê desse processo interminável. Tal como os castelos de areia das praias da nossa infância, a vida pode ser levada pela maré.” António Damásio, O Sentimento de Si (1999)
domingo, 13 de julho de 2008
Boca
"A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila,
a boca espera
(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)
espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar."
Mas porque razão volto sempre a Eugénio de Andrade? Porquê?
Talvez porque está sol, está calor lá fora...
Ou porque tudo o que é mau me faz ficar inquieta, e a poesia dele me faz acalmar...
Porque em contraponto à mediocridade urge procurar o belo,
para que o nosso coração não endureça...
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8 comentários:
Ora aqui está um post em dois andamentos... "ambos os dois" bonitos!
Porque o Eugénio é assim... faz-nos voltar a ele de vez em quando...
Beijinhos
Ou então porque ao Eugénio de Andrade volta-se sempre...
Um beijo amigo.
Que bem que nos fazes cantar com as nossas bocas, com a tua e com a do Eugénio de Andrade.
Volta sempre a este Eugénio, não peças licença.
Talvez por razões que-a razão desconhece!
Por mim por ti por nós :é uma óptima razão!
Bjos e abraço
E porque não haverias de voltar ao que é belo?
Poema doce, belo, desperta os sentidos... e a boa poesia é sempre um bom escape.
eijinhos
Ao Eugénio volta-se sempre, sempre, e nunca é demais.
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