segunda-feira, 17 de março de 2008

A poesia que eu não sei fazer...

"perdendo-lhes devagar as palavras
atribuindo na permanência um nome novo ao amor
cartas marcadas
apelam religiosamente ao instinto maternal
irmãos, quando foi que vos falhei?
não sou eu quem ergue sempre a aurora?

teimam em ver-me partir

queiram agora, não voltaremos mais a este lugar.
perto quase na boca
amanhece e nunca me encontras

sou dos que se abraçam, não dos que se procuram."

(Francisco Mendes Moreira, Canhoto, Dezembro de 2006)

5 comentários:

Fernando Samuel disse...

Gostar de poesia não será uma outra forma de fazer poesia?

Anónimo disse...

Sal
A tua poesia tambem , ninguem a sabe fazer, são momentos , e ninguem sabe explicar, o porquê.

Pode ser sonho, ou realidade,
pode ser tristeza ou alegria
pode ser esperança ou saudade
uma pequena, ou grande fantasia

Pode até ser ódio ou paixão,
ser morte ser vida ser dia,
ser lamento saído do coração
Pode ser tanta coisa...a poesia.

Bjo
josé manangão

Sal disse...

Fernando Samuel:

Assim sendo... Então sempre é verdade que há um poeta que mora em nós?
Mora, pelo menos, em todos aqueles que gostam de poesia.


José Manangão:

A poesia pode ser muita coisa,
mas nunca deixa de ser uma outra arma desta nossa luta.


beijinhos, camaradas.

OUTONO disse...

Poesia...
Jogo de palavras, onde se conjuga prazer com dedicação. Foi assim que um professor universitário, identificou um poeta português.
Concordo.
Mas...poesia... é um saber pessoal, de cada pessoa...dizia Pessoa em rasgos de criatividade.
Todos nós, já fomos, somos, ou seremos poetas...
Chegar ao "estrelato"...nem sempre é sinónimo de qualidade.
Seguramente...sabes fazer poesia...a tua forma poética, a tua sensualidade escrita, o teu desejo de te lerem... Ousa!
Eu, não sou poeta...nunca serei, mas como digo no meu Blog:
...por vezes há uma necessidade de escrever...e escrevo!
Beijo
Outono

Fernando Samuel disse...

sal: de que serviria a poesia se não existissem os que gostam dela?, quem a leria? quem desejaria ser poeta?...