quinta-feira, 15 de maio de 2008

Chove


Chove...

Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?


Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.



Poema de José Gomes Ferreira
Foto de Paulo Vaz Henriques, do blogue Foto & Legenda

9 comentários:

Lúcia disse...

Palavras tão simples, mas tão mágicas. Porque é que não tenho esta capacidade de escrever assim?!
E que a chuva nunca nos impeça de ver mais além.

Fernando Samuel disse...

Ainda a CHUVA do Zé Gomes Ferreira:

Dia de chuva na cidade
triste como não haver liberdade.

Dia feliz
com varões de água
a fecharem o mundo numa prisão.
E alguém a meu lado com voz múrumura que diz:
«está a cair pão».
Ah! que vontade de gritar àquela criança seminua
sem pão nem sol de roupa:
«Eh! pequena! deita-te na rua
e abre a boca..»

(Dia em que urdo
este somho absurdo.)


Beijo amigo.

Anónimo disse...

Excelente poema acompanhado de uma bela foto
parabéns

Anónimo disse...

Gosto de chuva, gosto. E do José Gomes Ferreira, também. É bom olhar para ti por este lado também.

samuel disse...

Grande escolha!

Abreijo

Anónimo disse...

José Gomes Ferreira, sempre!!!!!!
beijocassssss
vovó Maria

Justine disse...

O poema do Zé Gomes está muito bem ilustrado pela magnífica foto.
Obrigada pela dupla

Anónimo disse...

Gosto.
Gosto da escoha das tuas pausas.
De tempos a tempos eu conheço-te.
...é do tempo em q os nossos olhos ainda eram peixes verdes...
:-) salut

L.N. disse...

adoro este poema :)