Quer queiramos, quer não, é praticamente impossível ouvir o Adagietto da 5ª Sinfonia de Mahler sem nos lembrarmos da paixão de Aschenbach por Tadzio, no filme "Morte em Veneza".
Mas mesmo quem não conheça o filme de Visconti, baseado no romance de Thomas Mann, pode sempre imaginar um grande amor ao ouvir estes sublimes minutos de duração deste 4º andamento.
(Se se tratar de um grande amor em Veneza, melhor ainda...)
Como dizia um professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa, relativamente ao Handel, digo eu agora, aplicando a este caso:
"Porque é que esta música é assim?... Porque Mahler sabia o que fazia!"
O maestro Zubin Mehta a dirigir a Israel Philharmonic Orchestra, no Teatro Municipal de Santiago do Chile, em 2001.
8 comentários:
Embora não seja do mais caracteristicamente Mahler, é magnífico. Sabia, realmente, o que fazia.
E Veneza...
É difícil ficar indiferente ao filme, mais difícil ainda à música de Mahler.
O maestro Mehta ficará para mim sempre ligado ao concerto dos 3 tenores, há mais de 15 anos, num qualquer evento internacional. Talvez um qualquer mundial ou europeu de futebol...
Obrigada por este excelente momento.
Beijinhos
Caramba, pensei depois de clicar "publicar" no comentário anterior. Fui pesquisar e o evento a que me refiro do maestro Mehta foi exactamente em 1990, nas Termas de Caracalla, Roma, por ocasião do Campeonato Mundial de Futebol...
Afinal o snr. goggole ainda nos aviva a memória...
beijinhos outra vez
De entre todos, o meu filme preferido. O Adagietto é parte integrante do filme! Um encantamento!
Obrigada por trazê-lo aqui:))
Belíssimo!
É isso: sabia o que fazia; e, antes, já tinha feito a 2ª, e, e...
Mahler, Thomas Mann e Visconti: só podia dar «aquilo»...
Obrigado.
Um beijo amigo
É muito bom saber-se o que se faz. Magnífico!
Desculpa, mas não resisto...
Nós também já conseguimos juntar um grande livro e grande música num grande filme: "A mahler de cartão". Maravilhosa Linda de Suza!
Ou vais dizer que não apreciaste? :)))
Abreijos
o casamento perfeito!- filme e música.
beijocassssss
vovó Maria
Tudo. Mas talvez a música! Sem esta música, ou com outra... seria "outro" filme! Ainda que do Visconti, na sua leitura do Mann, em Veneza,com o Dick Bogard, com a Silvana, com o como-é-que-se-chama-o-(então)-efebo (tenho de ir ao Go-não-sei-quê, não é Maria?), não seria O FILME. Terá sido o que lhe mudou a qualidade, colocando-o lá no píncaro das nossas recordações. (Isto cheira-me a proselitismo do materialismo dialéctico... mas deixá-lo.)
Muito obrigado, Sal.
Enviar um comentário