"Era um Redondo Vocábulo", pela Cristina Branco, numa versão intimista, como merece este tema de Zeca Afonso. Muito boa opção estética, bom gosto nos arranjos instrumentais, contidos, nada exuberantes, que a canção assim o exige, e uma qualidade vocal muito acima da média.
Gosto muito.
10 comentários:
Gosto!
Também gosto!
Felizmente há gente nova a cantar os cantores de intervenção, para que não se apague a nossa memória colectiva...
Beijos
Cantores novos a cantar a nossa música de intervenção? Claro que sim!... É o que eu faço!... :)))
Agora a sério... entre a arrogância e falta de rigor de uma Jacinta e o amor absoluto da Luanda Cozetti dos Couple Coffee, houve várias versões de homenagens à música do Zeca. Esta da Cristina Branco, foi das mais simples e sinceras...
Ficou-me uma frase com que ela definiu o objectivo do seu trabalho, fugindo ao discurso estafado do "psicologês" das "viagens ao interior", do "imaginário colectivo" e do "outro", sempre "o outro", sempre hermético e pseudo-intelectual, com que tantos criadores nos bombardeiam, seja para falar de música, dança contemporânea, artes plásticas ou instalações não se sabe do quê:
"Não quero trazer nada de novo, quero apenas ajudar a recordar a música do Zeca."
Gostei.
Abreijo.
Samuel:
É verdade que há demasiadas explicações para coisas simples: a música do zeca merece ser recordada, "re-cantada e re-tocada", repetida, reinventada.
Merece. Ponto. Dizes bem, relativamente a interpretações actuais, há nas interpretações da Jacinta um "je ne sais quoi" de arrogância, malabarismos rebuscados, por vezes desenquadrados, que colocam o ouvinte num papel de meros espectadores, sem comungar do acto artístico, que, por contraste, é precisamente o que acontece aquando de uma interpretação dos Couple Coffee, ou desta menina, Cristina Branco.
Mas a arte... ai, a arte... Dá pano para mangas...
Beijinhos
E eu também gosto. Obrigado.
Parabéns pela nova luminosidade do teu blog. Fica-te bem
Esta mudança de visual é translumbrante!
Quase sempre, depois de ler aqui um texto um pouco mais extenso, ficava a ver tudo em negativo na vida real...
Abreijo
O problema das interpretações do Zeca pela Jacinta é que nem são leituras directas, depuradas, sinceras (como diz o Samuel) e tecnicamente impecáveis, como esta da Cristina Branco, nem são propriamente belos momentos de improvisação e criatividade jazzística (volta Ella, estás perdoada!). Se o fossem, teriam algum (eventualmente muito) interesse. Mas não, ficam ali no meio-gás, qual Diana Krall, mas nem isso.
E eu sei que a Jacinta tem potencial e conhecimentos técnicos que lhe permitem muito mais e melhor. Mas talvez os esteja a afogar nalguma arrogância, sim, e no fascínio do estrelato.
Já está on line: http://ocastendo.blogs.sapo.pt/251301.html
Depois diz-me se gostaste.
Mudaste de cor? Gosto mais assim...
Muito bonito!
É necessário a continuação das canções, nas vozes da Juventude.
GR
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